7 razões para votar sim no plebiscito da reforma política

“Você é a favor de uma constituinte exclusiva e soberana sobre o sistema político?” A pergunta única do plebiscito poderá ser respondida em locais públicos em votação organizada por movimentos sociais ou pela internet.

Acesse o site AQUI.

Veja por que votar sim:

1 – A sociedade brasileira clama por mudanças na forma como atuam as instituições políticas. As manifestações de junho de 2013 evidenciaram a descrença – em especial da juventude – no atual modelo de representação política no Brasil, mediante a palavra de ordem “não me representa”.

2 – As campanhas eleitorais hoje são demasiadamente despolitizadas. Não se verifica que está em jogo um projeto de nação ou uma perspectiva de transformação radical da sociedade. Além disso, quem hoje define os resultados eleitorais são os representantes do poder econômico, por meio do financiamento privado de campanha. A contrapartida dessa prerrogativa privada é o compromisso selado entre os financiados e os seus financiadores – mesmo que tácito – incluindo o favorecimento público de grupos privados, a corrupção e os compromissos políticos com os grupos econômicos que financiam as campanhas políticas.

3 – A composição do Congresso Nacional, das assembleias estaduais e câmaras municipais não reflete a correlação de forças políticas e sociais existentes na realidade brasileira. As mulheres e os negros, embora maioria na sociedade brasileira, são minoria nos espaços de poder, corroborando com a falta de políticas públicas afirmativas que enfrentem as desigualdades estruturais na nossa sociedade. A comunidade LGBT, jovem, indígena, sem-terra e trabalhadora também tem sido sub-representada nos espaços políticos, quando não ausente.

4 – É preciso que a haja uma constituinte EXCLUSIVA para debater uma reforma política, uma vez que não faz sentido que os próprios representantes do poder político legislem sobre si próprios, já que eles são os maiores beneficiados pela reprodução da política como ela está.

5 – A sociedade brasileira já constatou a impossibilidade de ver as suas demandas imediatas atendidas nesse Congresso Nacional (como transporte público de qualidade, mais verbas para a educação, reforma agrária, democratização dos meios de comunicação) uma vez que as grandes corporações privadas que hegemonizam esses serviços são os mesmos agentes financiadores desses parlamentares, e com eles mantêm um “compromisso” político. No linguajar popular: “Quem paga a banda escolhe a música”.

6 – É uma forma de mostrar a necessidade de aprofundar os mecanismos de consulta popular, permitindo que a sociedade civil organizada, mediante seus mecanismos, organize plebiscitos, consultas públicas e referendos, contribuindo para aprimorar os mecanismos que impulsionam a participação política.

7 – Realizar uma Constituinte significa aprimorar a democracia brasileira. Significa construir um caminho que avance na concretização das chamas reformas estruturais, ou seja, um conjunto de reformas nacionais, democráticas e populares, que nesse período histórico e na condição de subdesenvolvimento do Brasil, adquirem caráter revolucionário! A reforma política é condição primeira e imprescindível para o desenvolvimento brasileiro, conjugado com participação pública e mobilização da sociedade.


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Comentários

4 respostas para “7 razões para votar sim no plebiscito da reforma política”

  1. Avatar de Zeferino Cassimiro Albuquerque
    Zeferino Cassimiro Albuquerque

    Esse modelo político não me representa, sou a favor de mudanças radicais no modelo político atual.
    Uns 90% desses candidatos já são velhos conhecidos e, com eles, nada mudará,continuaremos com as mesmas corrupções.
    Também uns 80% dos candidatos já foram condenados ou respondem à processos.
    Tem que haver mudanças nos três poderes, coso contrário, o Brasil continuará com as mesmas promessas de sempre.
    Sou a favor do plebiscito exclusivamente político.

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  3. Avatar de J Oliveira
    J Oliveira

    Que fique bem claro para o Povo Brasileiro, que esse Congresso que está ai nunca vai querer que o Povo participe de fato das decisões que envolvam o Brasil. Eles dizem que são representantes do Povo, mas na verdade só representamos seus interesses e os seus grandes patrocinadores, nada mais.
    A Câmara dos Deputados com apoio de partidos da base, como PMDB e PP, (Que Base Aliada que nada) apenas o PT, o PCdoB, o Psol e parte do Pros ficaram ao lado do governo . O decreto presidencial n.º 8.243/14 que criaria um conselho permanente; comissões temáticas; conferências nacionais periódicas; uma ouvidoria pública federal; mesas de diálogo; fóruns interconselhos; audiências e consultas públicas; e ambiente virtual de participação social.
    Na verdade a Política Nacional de Participação Social – PNPS e o Sistema Nacional de Participação Social – SNPS, apenas estabelecia que órgãos e entidades da administração pública federal direta ou indiretamente deveriam ouvir as instâncias de participação social para formulação de políticas públicas.
    Seria uma coisa fantástica o povo poder participar das decisões importantes que tem impactos diretos em suas vidas. Só que o Congresso achou que não.

  4. Avatar de paulo
    paulo

    Um exemplo recente de que o povo é alijado das questões que interessam ao poder eoonômico, foi o golpe do novo código florestal, onde restou ao povo gritar veta, o que de fato não aconteceu, pois prevaleceu a decisão da falsa estrutura democrática que precede o voto, e acaba tornando-o um mero ato mecânico, onde ovelhas inocêntes conduzem seus carrascos ao abatedouro, enganadas e pressionadas por uma estrutura que grita mais, que aparece mais impulsionadas pelo dinheiro. Uma brecha para a democracia de fato acontecer podera ser aberta com mudanças radicais nas regras de um jogo viciado que tem como perdedor sempre os interesses coletivos, por isso uma constituinte exclusiva.

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