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O modelo de desenvolvimento proposto por Lula e Dilma — | Brasil Debate |

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Ricardo Bielschowsky

Professor do Instituto de Economia da UFRJ

 
Ricardo Bielschowsky

O modelo de desenvolvimento proposto por Lula e Dilma

O objetivo maior da estratégia de desenvolvimento socioeconômico de longo prazo dos dois governos, e inédito no Brasil, tem sido a inclusão e a proteção social, com radical redução da pobreza e igualdade de oportunidades para todos

26/09/2014

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Os governos Lula e Dilma implementaram no período 2003-2014 uma estratégia de desenvolvimento socioeconômico de longo prazo, cujos êxitos alcançados e perspectivas de sucesso futuro as oposições tentam minimizar, momentaneamente favorecidas pelo baixo crescimento atual do PIB.

A estratégia foi enunciada na campanha eleitoral de 2002, e reiterada em uma série de documentos e pronunciamentos oficiais ao longo dos três mandatos: crescimento com baixa inflação e redistribuição de renda, associado ao modelo de consumo de massa.

No “Programa de Governo 2002”, da Coligação Lula Presidente, as linhas do novo modelo estavam assim anunciadas:

“(…) O motor básico do sistema é a ampliação do emprego e da renda per capita e, consequentemente, da massa salarial que conformará o assim chamado mercado interno de massas. O crescimento sustentado a médio e longo prazo resultará da ampliação dos investimentos na infraestrutura econômica e social e nos setores capazes de reduzir a vulnerabilidade externa, junto com políticas de distribuição de renda”.

O objetivo maior dessa estratégia, e inédito no Brasil, tem sido a inclusão e a proteção social, com radical redução da pobreza e igualdade de oportunidades para todos.

E sua sustentação econômica em médio e longo prazo reside na continuidade da expansão dos investimentos em três frentes de expansão: investimentos em produção e consumo de massa, investimentos em infraestrutura e investimentos na produção de bens e serviços intensivos em recursos naturais.

A desaceleração recente nessas frentes de expansão não justifica que ignoremos enormes avanços já alcançados, e tampouco o potencial de desenvolvimento futuro contido nelas.

Os contundentes indicadores apresentados a seguir não deixam margem a dúvidas quanto ao êxito alcançado pelas políticas de governo nos dois mandatos de Lula e no de Dilma.

A Tabela 1 mostra uma impressionante lista de indicadores do êxito social, em matéria de trabalho e renda, transferência e assistência, distribuição de renda e redução da pobreza, evidenciando um novo salto a cada um dos três mandatos.

ATabela 2 complementa a anterior com dados de avanços importantes em matéria de educação, saúde, desenvolvimento urbano e desenvolvimento agrário.

tabela1 lula-dilma

tabela 2 nova Biels

A taxa de investimento se elevou entre 2003 e 2010 em mais de 5 pontos percentuais do PIB. Saltou de 14 a 19% (a preços constantes de 2000), sob o impacto do crescimento econômico e do PAC, e permaneceu nesse patamar no período 2011-2013.

A Tabela 3 apresenta indicadores da expansão da demanda e da oferta de infraestrutura de transportes, energia e comunicações, cujos números bem expressam o desafio que tem sido enfrentado e os avanços alcançados no País.

tabela3 lula-dilma

A maior dificuldade tem sido acelerar os investimentos na indústria de transformação. Eles são essenciais para o progresso técnico e para o balanço de pagamentos, mas, tal como no caso dos demais países industrializados do Ocidente, a indústria está tendendo à cautela diante da competitividade sino-asiática e do baixo crescimento mundial.

Para enfrentar a situação, introduziu-se uma taxa de câmbio mais favorável, e ampliaram-se as políticas governamentais de incentivo ao investimento, fixo e em inovação, incluindo isenções fiscais e crédito ao investimento em condições semelhantes às que são praticadas internacionalmente.

O contínuo fortalecimento da política industrial de suporte ao investimento é essencial para a ampliação e diversificação da capacidade produtiva e a reversão da tendência desfavorável do saldo comercial do setor.

Para tanto, é necessário, também, recuperar o crescimento e realizar forte expansão do investimento público, porquanto o investimento industrial se dá principalmente em função da expansão do mercado interno, como demostram em forma recorrente as pesquisas realizadas com os empresários do setor.

Felizmente, altos níveis de reservas internacionais, a política de câmbio flexível e, sobretudo, boas perspectivas no que se refere à evolução da produção de petróleo e das exportações de outros recursos naturais conferem um conforto à área externa com que não se contava no passado.

A retomada do investimento industrial, porém, deve ser entendida como essencial para a continuidade no longo prazo da estratégia ora em vigor, por seus efeitos sobre a inovação, a produtividade e a redução da vulnerabilidade externa.

Cabe apontar que, se bem que alguns aperfeiçoamentos na política macroeconômica serão necessários, não só estamos longe de uma crise, como há condições objetivas que permitem que a atual velocidade do crescimento ganhe em pouco tempo forte aceleração.

Tem-se preservado relativa estabilidade na taxa de inflação, abaixo de 6,5% ao ano – portanto dentro do intervalo da meta – dispõe-se de confortáveis reservas internacionais, a taxa de câmbio já é bem menos apreciada e os juros reais já são bem menores do que no passado.

Os resultados fiscais permanecem muito razoáveis, e em nada ameaçam a forte queda na relação dívida interna líquida/PIB obtida desde 2003 (de problemáticos 60% em 2002 a confortáveis 33% em 2013).

Ao contrário do que defendem os opositores da candidatura Dilma, o problema do governo não tem sido excesso de gastos públicos, mas excesso de zelo nesse terreno, que contribui para o baixo crescimento e perda de arrecadação fiscal; da mesma forma, o desafio para o próximo ano será, sem perda de prudência, ampliar os investimentos públicos – e, com o crescimento, ampliar a arrecadação.

Felizmente, o fraco desempenho do PIB não impediu a continuidade da queda na taxa de desemprego, o aumento nos salários reais e, tampouco, como se verificou nas Tabelas 1 a 3, a continuidade de importantes avanços sociais.

À semelhança dos dois governos Lula, o resgate da dívida social permaneceu como prioridade absoluta no governo Dilma, mesmo em meio a dificuldades internacionais e ao recurso a controles restritivos internos como contraposição aos efeitos sobre custos e preços da desvalorização cambial.

Um olhar sobre o futuro

Proponho como objetivo para o segundo mandato de Dilma dar prosseguimento à estratégia em curso com uso da tática da “continuidade com mudanças”, corrigindo-se as imperfeições, e melhorando-se e ampliando-se os mecanismos e instrumentos apropriados ao funcionamento no longo prazo do modelo de crescimento com redistribuição de renda, em forma ousada e inovadora.

Trata-se, no campo social, de ampliar em quantidade e qualidade os investimentos e gastos sociais, urbanos e rurais, e da proteção social em geral, aprimorando-se progressivamente os mecanismos de universalização dessa proteção, evitando-se a mercantilização dos serviços de natureza social, enfrentando-se os velhos e novos problemas rurais e urbanos – atacando-se com crescente radicalidade os enormes problemas assinalados pelas manifestações de rua de 2013.

E, no campo econômico, de dar sustentação em longo prazo ao processo, conservando-se a estabilidade de preços e intensificando-se as políticas de investimento em infraestrutura, consumo de massa e recursos naturais, bem como a agregação de valor pelas vias do fortalecimento de encadeamentos produtivos internos e de maior incidência de inovação tecnológica nas empresas.

Esperemos que as eleições de 2014 tornem a conferir à estratégia de desenvolvimento com inclusão social o respaldo popular recebido nas três eleições anteriores.

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40 respostas to “O modelo de desenvolvimento proposto por Lula e Dilma”

  1. Marcia disse:

    Em menos de três meses da data em que esse artigo foi escrito, a realidade demonstrou que todos os dados estavam errados e maquiados. Estamos quebrando.

    • Anne Elli disse:

      Seria muito bom que esses dados e as conclusões do artigo fossem revistos agora, maio de 2016, a luz do que aconteceu. Acho que os economistas que defendem esse modelo nos devem isso.

  2. Pétrik Emanuel disse:

    Bem oportuno o texto e desmistificador, mas logo no início é falado:

    “as oposições tentam minimizar, momentaneamente favorecidas pelo baixo crescimento atual do PIB.”

    Seguindo nessa lógica de pensamento, porquê o PIB cresceu pouco? o que poderia ter sido feito para ter alavancado o PIB sem perder qualquer ganho social?

  3. Indignada disse:

    Não é possível que os brasileiros vão trocar um modelo de governo com estratégias de desenvolvimento consolidadas,com perspectivas de, finalmente combater a corrupção, por um governo que só fala em mudanças. que mudanças serão estas? Vamos trocar o que está dando certo pela incerteza? A corrupção está exposta na mídia. Que ótimo!Vamos cortar o mal pela raiz agora elegendo a DILMA A única com propostas convincentes para combatê-la. Chega de CPIs as quais sempre se arrastaram infinitamente e acabam em pizza. Reforma política já!

  4. […] observado por Ricardo Bielschowsky em artigo para o Brasil Debate (O modelo de desenvolvimento proposto por Lula e Dilma), a estratégia de desenvolvimento apresentada por Lula nas eleições de 2002 já apontava para a […]

  5. […] Caso essa política seja revertida, ou caso o marco regulatório que privilegia a indústria nacional seja reformulado, a Petrobras corre sérios riscos financeiros, e a educação e a saúde ficarão com menos recursos. O cenário externo é muito desfavorável (7) ao Brasil. Para que o país possa voltar a crescer de forma sustentada, é preciso reduzir a burocracia, promover uma reforma tributária que simplifique a arrecadação (8) e torná-la mais progressiva (ou seja, os ricos pagando mais impostos que os pobres, proporcionalmente às suas rendas); investir pesadamente em educação (inclusive a técnica, o que vem sendo feito pelo governo via Pronatec (9) ) e restaurar a confiança em sua política fiscal e monetária, de modo que possamos retomar o patamar de 3,5% ao ano, acima do resto do mundo. Dessa forma o Brasil poderá, com maior vigor e maior rapidez, melhorar o padrão de vida de seu povo, reduzir suas desigualdades e aumentar a inclusão social (vide abaixo). […]

  6. […] Brasil Debate recomenda a análise das informações coletadas por Ricardo Bielschowsky para avaliar as reais condições da economia […]

  7. Alfonso Aguirre disse:

    La incuestionable evolución tan positiva de la economía brasileña durante los últimos años, nos indica que SÍ hay rutas alternativas y viables a las imposiciones del modelo neoliberal, tan depredador en lo social y en los recursos naturales (regreso a la frontera salvaje), sin futuro alguno. Brasil, con la reducción drástica de la pobreza, da una pauta a México (donde la pobreza crece) y a otros países y sus gobiernos. He sido testigo cercano de los positivos cambios sociales, políticos y económicos de Brasil que, además de ser fruto de la visión y ejecución eficaz de un partido, con el liderazgo valiente y tenaz de Lula y Dilma, son producto del esfuerzo del pueblo brasileño, capaz y talentoso. A veces nos sorprende que los brasileños olviden qué tan diferente era la vida en Brasil hace sólo un par de décadas; que valga ese olvido de incentivo para mejorar más en lo social, en la soberanía, en cuidar la naturaleza de Brasil, pero NO para echar por la ventana una trayectoria ejemplar que ya hace historia por justa y digna. Felicidades a Ricardo Bielschowsky por su excelente contribución y claridad, y saludos fraternales desde México al querido pueblo brasileño.

  8. Alfonso Aguirre disse:

    La incuestionable evolución tan positiva de la economía brasileña durante los últimos años, nos indica que SÍ hay rutas alternativas y viables a las imposiciones del modelo neoliberal, tan depredador en lo social y en los recursos naturales (regreso a la frontera salvaje), sin futuro alguno. Brasil, con la reducción drástica de la pobreza, da una pauta a México (donde la pobreza crece) y a otros países y sus gobiernos. He sido testigo cercano de los positivos cambios sociales, políticos y económicos de Brasil que, además de ser fruto de la visión y ejecución eficaz de un partido, con el liderazgo valiente y tenaz de Lula, son producto del esfuerzo del pueblo brasileño, capaz y talentoso. A veces nos sorprende que los brasileños olviden que tan diferente era la vida en Brasil hace sólo un par de décadas; que valga ese olvido de incentivo para mejorar más en lo social, en la soberanía, en cuidar la naturaleza de Brasil, pero NO para echar por la ventana una trayectoria que ya hace historia por justa y digna. Felicidades a Ricardo Bielschowsky por su excelente contribución y claridad, y saludos fraternales desde México al querido pueblo brasileño.

  9. […] Dilma, com muitos de seus mais categorizados defensores, como Maria de Conceição Tavares e Ricardo Bielchovski, inclinados a um modelo de desenvolvimentismo social com ênfase no Estado; Marina, enfim, […]

  10. Frederico Mazzucchelli disse:

    Boa, Ricardo! Belo artigo!

  11. Ângela disse:

    Parece lindo! mas me responda pq a DRU continua desvinculando as receitas da união e desviando dinheiro das políticas sociais para pagamento de juros da dívida pública, ou seja, para os rentistas do capital financeiro : essa é a atual extração da mais-valia que é feita hoje junto ao fundo público com dinheiro dos trabalhadores que são os que mais pagam impostos(através do consumo e folha de pagamento) e, consequentemente, financiam as políticas sociais nesse país. Pq esses mesmos governos não conseguiram mecher na tributação sobre patrimônio, grandes fortunas e dos investidores estrangeiros!

  12. Mauro disse:

    Conceder bolsas e considerar esses fora do desemprego não é meio honesto para se enquadrar as pessoas.
    Considerar quem recebe R$ 300,00 como sendo de classe média é uma piada ao Brasileiro
    Alta inflação, infraestrutura precária (é falácia dizer que temos uma boa infraestrutura, não temos nem como escoar mercadorias do interior ao litoral sem ter grandes perdas)
    Próprios médicos comprando instrumentos (com o próprio salário) para conseguir executar seu trabalho, ai vem o pt e traz cubanos (que por sinal, pela legislação trabalhista brasileira sofre crime (repasse ao governo cubano))
    Escolas e IDH com baixos índices.
    Corrupção onde possa se imaginar.
    Brasil apresenta mais mortes por assassinato do que países no oriente médio em guerra, ou seja, estamos vivendo praticamente uma “guerra civil” a anos.
    Porto em Cuba, infraestrutura na Venezuela, filial da Petrobras cedida à Bolívia, perdão de dívidas altíssimas de países ditatoriais africanos…
    etc etc.
    É sério que o pt faz bem ao país? Esse modelo de desenvolvimento é para formar um bloco de países bolivarianos (já que financia e/ou ajuda Cuba, países africanos, venezuela, bolívia) ou um desenvolvimento real para os brasileiros?

    • carlos disse:

      Falar dos médicos Cubanos sem conhecer os motivos do repasse do valor ao governo é algo que não tem explicação. Insinuar que a vinda dos médicos não é algo bom é um crime. Quero ver visitar os locais onde esses médicos atuam. ..conhecer a realidade das pessoas que por eles são atendidas.

  13. Carlos Tramontina disse:

    Flávio, não repita isso de novo, pois está completamente errado. O Brasil neste período cresceu com redução da igualdade, como jamais havia ocorrido em nosso pais.
    Leia http://www.brasildebate.com.br/brasil-vive-crescimento-com-equidade-novidade-historica

  14. Flávio Novais disse:

    Este desenvolvimento foi propiciado pelo impulso que a China deu na economia internacional e em particular aos produtores de matérias primas , como o Brasil. Mas o impulso foi só para quem aproveitou. para o Brasil, foi o voo da galinha.

  15. […] observado por Ricardo Bielschowsky em artigo para o Brasil Debate (O modelo de desenvolvimento proposto por Lula e Dilma), a estratégia de desenvolvimento apresentada por Lula nas eleições de 2002 já apontava para a […]

  16. walquiria Domingues leão Rego disse:

    Parabéns Ricardo pelo excelente artigo. Muito esclarecedor. É isto gente quando se analisa seriamente a politica da politica economica de um determinado período governamental! Ainda naõ colhemos todos os frutos politicos e sociais do que já foi feito, e, que, pede muito mais políticas de justiça social a um futuro governo comprometido com ela.

  17. Enzo disse:

    E a sustentabilidade? Mesmo deixando de lado a ausencia, da analise, de qualquer referencia à mensuração dos passivos socioambientais (o que esconomistas não fazem mesmo), um dos pilares da estratégia de desenvolvimento citados é “investimentos na produção de bens e serviços intensivos em recursos naturais”. Isso quer dizer crescimento do setor primario da economia, inclusive para exportação, envolvendo pelo menos dois custos ocultos: a) custo de opção futura (os recursos naturais explorados e exportados, sem preocupar-se de sua renovabilidade, sem investir em tecnologias e opções de substituição dos mesmos, não estão mais disponiveis para outras opções de uso, para as futuras gerações); b) passivos (danos) socioambientais, muitas vezes irreversiveis, não incluidos no preço de venda, também sobram para as futuras gerações. Um exemplo: a exploração mineira, para ser minimamente sustentavel, deveria não apenas prever os custos totais de restauração ambiental (o que raramente faz, ao contrario em geral deixa buracos cheios de lama toxica a espera da proxima enchente) mas também investir em tecnologias de substituição do uso do minerio, que cedo ou tarde se esgotarà… não fazendo isso, a farra do crescimento e seus indiscutiveis beneficios sociais, serà apenas temporaria…

  18. Edson Pitta Lima disse:

    Sem dúvida os dados são positivos porém não ha como aceitar a analise ter “aliviado” que a inflação se manteve na faixa à custo de tabelamento de tarifas, e o cambio “semi flexivel” com fortes intervenções do BC para evitar pressões sobre a B da Pagamento que por sua vez, se sustenta pela entrada principalmente de capitais especulativos (curto prazo), se bem que ainda ha reservas para manter essa politica de oferta de divisas.
    Na infra estrutura não se pode aceitar a incapacidade do governo de manter os prazos e os valores dos investimentos. E urge ampliar os portos, ferrovias e hidrovias, estando o orçamento cada vez mais apertado para gerar recursos para pagar os encargos da dívida.
    Por sua vez a competitividade da industria esta e exigir estratégia mais consistente de longo prazo, fixar-se em recursos naturais e prover o mercado interno não leva á superação da baixa produtividade. No social so temos a elogiar.

  19. Roberto Guimaraes disse:

    Excelente análise, Ricardo!!! Bom saber que você continua lúcido como sempre!!

  20. Antonio José Alves Jr. Antonio José disse:

    A evolução dos indicadores é tão rápida, vai em saltos tão significativos que da a sensação de que a comparação se dá entre países diferentes.
    Tem gente que atribui tudo às commodities. Pode-se até abrir uma concessão a esse tipo de raciocínio, mas é impossível desconsiderar as escolhas que foram feitas. Há inúmeros exemplos, contando com o Brasil, de que o crescimento apoiado em commodities pode ser concentrador de renda (por aqui até estimulou o tráfico negreiro não faz tanto tempo). O Governo tem que querer distribuir os frutos, e esse quis. E ao fazê-lo, sem destruir as contas públicas, a estabilidade de preços, as contas externas e, mais importante, os empregos, lançou bases para a retomada do crescimento e para a continuidade do processo de distribuição de renda. Cabe ressaltar que nada disso foi feito sem muita oposição política e que, portanto, é uma conquista que pode ser ameaçada.

  21. Antonio Prado disse:

    Excelentes o conjunto de dados e a análise. Revela claramente os avanços nos últimos 12 anos dos indicadores sociais e economicos do Brasil e seus motores de crescimento.

  22. Zoraya Pinheiro Farinha disse:

    Excelente feedback reconhecendo os passos de uma construção em desenvolvimento que envolve passado, presente e futuro, onde é fundamental manter o respeito com equanimidade e foco na gestão “gente”. Já foi feito muito trabalho, mas ainda tem muito à fazer.

  23. Carlos Eduardo Vidigal disse:

    Venho parabeniza-lo pelo artigo, mas venho observar que, de um ponto de vista histórico, os limites para o avanço desse modelo são formidáveis. À luz das ideia de Aldo Ferrer sobre os casos de sucesso da história, antes que o novo modelo ganhe densidade, as elites da indústria, banqueiros e do agronegócio irão reagir de forma contundente, seja pela via eleitoral ou não. Não há como avançar na construção de uma democracia mais substancial e assegurar os ganhos desses setores.

  24. Otacilio Alves disse:

    O relatório da historicidade econômica e social dos 12 anos do governo PT, confirma, o que conhecia a olhos visto, mas cientificamente, ou tecnicamente, não conseguia intende-lo. Qualquer pessoa com mais de 40 anos, e atento para as coisas que o cercam, percebeu que o país evoluiu as claras, com o governo PT. Não concordo com o continuísmo, porém me quedei às evidencias. É preciso que este trabalho seja concluído. O PT tem sido insuficiente na questão saúde, não por falta vontade, mas por erros de avaliação; que será recuperado. Houve um único equivoco de Lula, e este herdado por Dilma: foi acreditar que povo alimentado é povo são. Não é bem assim, as chagas estão aí, infestando as pessoas de todos os níveis sociais. Com os protestos de ruas do inverno passado, esta reivindicação popular ficou bem clara.
    Este é o próximo leão que o PT pretende pegar a unha.

  25. VERA MARTINS DA SILVA disse:

    Apesar do avanço social, ainda dá para continuar nesse modelo de alta carga tributária, indústria sob forte ataque de competidores de baixo custo e elevado custo de vida e de produção internos?? Sem falar na complexidade do Estado brasileiro e altos índices de criminalidade?? Ainda há muito o que se fazer e a tendência a achar que tudo de mal veio do passado e tudo de bom veio só da administração petista parece um exagero…Apesar destes pontos, gostei do seu artigo…

  26. Almir disse:

    Nos mantados de Lula a prioridade maior foi o combate a miséria, com oferta de emprego e investimento em infraestrutura com resultados a curto prazo. Já a Dilma deu continuidade ao planejamento de Lula, com maiores investimentos em habitação e educação, cujos resultados demandam médio a longo prazos!

  27. Ruy Mauricio de Lima e Silva Neto disse:

    Sendo economista e acompanhando a vida nacional desde os quinze anos (digamos, fim do período JK, início do JQ) nunca vi nada igual. É uma tragédia que bem menos brasileiros atualmente podem enxergar o quanto foi conquistado, do que seria o ideal. Mas simplesmente não podemos consentir em perder este tão raro e intenso impulso. Que as execráveis políticas de “Exportar é o que importa”, “Deixar crescer o bolo”, etc não voltem a nos infelicitar com aquele quadro de concentração de renda, inflação exponencial e alienação do patrimônio nacional. Fora Chicago-boys, fora monetaristas, entreguistas e alienados de todos os matizes! Emigrem para os Estados Unidos e ajudem titio Obama a combater o Eixo do Mal, servindo como bucha de canhão, ao lado de desgraçados chicanos em busca de uma Carta de Imigração.

  28. Ladislau Dowbor disse:

    Dados preciosos, publicação oportuna. Parabéns

  29. Djalma Barbosa disse:

    Não sei como qualquer estratégia pode ser considerada de longo prazo sem que contemple investimentos pesados e uma estratégia sólida para mudar nossa situação.. O atraso grotesco do nosso ensino de base. Cabe lembrar que a elevação do IDEB para o período, que foi pequena, ainda está mascarada por mudanças na metodologia no período.

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