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Não, o Estado brasileiro NÃO é grande — | Brasil Debate |

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Andre Levy

É graduado em matemática pela USP, com mestrado na Stanford University e doutorado na University of New South Wales

 
Andre Levy

Não, o Estado brasileiro NÃO é grande

O Estado brasileiro emprega pouco mais que 10% do mercado de trabalho; na Noruega e na Dinamarca, pelo menos 1 de cada 3 trabalhadores são funcionários públicos. No Chile , o setor público emprega 50% a mais que o Brasil

01/04/2015

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Que grande Estado é esse que não coleta esgoto de metade da população, que deixa 3 de cada 4 cidadãos à mercê de um sistema de saúde precário, e em que mais da metade dos escolarizados são analfabetos funcionais?

Quando se fala de tamanho do Estado no Brasil, frequentemente refere-se à carga tributária. E frequentemente quando se refere à carga tributária, fala-se da arrecadação fiscal como percentual do PIB. Mas serviço público não é custo variável; não fica mais barato quando o PIB decresce. O Estado continua pagando o mesmo número de professores, médicos, enfermeiros, policiais… Falar de carga tributária como percentual de PIB é como colocar o aluguel da padaria no custo do pãozinho.

A carga tributária média mensal brasileira é Int$403 per capita [1]. É a 5a menor entre as 20 maiores economias do mundo, depois de China, Índia, Indonésia e Irã.

grafico levy1

Mas mesmo como percentual do PIB, a arrecadação fiscal no Brasil é menor que a da Dinamarca, Bélgica, Suécia, França, Noruega, Finlândia, Áustria, Itália, Alemanha, Islândia, Holanda, Eslovênia, Hungria, Grã Bretanha, Espanha, Argentina, Portugal, Israel, Luxemburgo, Rep. Tcheca, Nova Zelândia e Bulgária.

grafico levy2

Frequentemente, quando se aponta que mesmo percentualmente a arrecadação fiscal brasileira não é alta comparada a estes países, contra-argumenta-se que no Brasil paga-se impostos escandinavos para receber serviços públicos africanos. Há um truque retórico aí. É como se quisesse dizer: “com serviços públicos assim, não vale a pena; prefiro não pagar”. Então ao invés de melhorar a qualidade dos serviços públicos, fica todo mundo sem, e cada um que se vire.

Para dar um ar científico para o sofisma, aponta-se para o IRBES (Índice de Retorno de Bem Estar à Sociedade [2]) do IBPT (Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributária). O índice é calculado como a soma de 85% do IDH e 15% da arrecadação em percentual do PIB. O que se conclui disso? Praticamente nada. Primeiro, quanto maior for a arrecadação fiscal, maior o retorno. Ou seja, um país que tributa 80% do seu PIB e tem IDH igual a 0,1, tem melhor “retorno” que um que tributa 10% e tem IDH de 0,2. Não faz o menor sentido.

Segundo, o IDH de um país tem muito mais a ver com a sua história do que com a sua arrecadação fiscal, especialmente em percentual do PIB uma vez que já vimos que serviços públicos são custo fixo, não variável. O Brasil, com sua história colonial, escravagista por 400 anos, a mais longa de toda a América, tem uma enorme dívida social. Sem falar que tem dimensões continentais, a 4oª maior população do mundo, e uma das mais diversas. Não dá para comparar com país escandinavo de loiros com olhos azuis. Há muito pouca correlação entre IDH e arrecadação fiscal, mas na pouca correlação que há, o Brasil está perfeitamente em linha.

grafico levy3

Argumenta-se então que o Estado brasileiro é inchado. Apontam-se os 39 ministérios e o número de cargos comissionados. Sem dúvida, há problemas. E problemas sérios. Mas a tese de que o Estado brasileiro é inchado não se verifica se olharmos para quantas pessoas trabalham no setor público. O Estado brasileiro emprega pouco mais que 10% do mercado de trabalho; na Noruega e na Dinamarca, pelo menos 1 de cada 3 trabalhadores são funcionários públicos. Mesmo o Chile, frequentemente citado como modelo de eficiência no setor público na América do Sul, emprega uma parcela do seu mercado 50% maior que o Brasil.

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Mas então para onde vai o imposto, se os serviços são tão ruins? A grande maioria retorna em transferências diretas para os próprios cidadãos. Já de início, quase um terço (31%) da arrecadação vai para pagar INSS e previdência. Juros são mais 14%, somando 45%. Do que sobra, há muito o que se melhorar na eficiência e no combate a desvios, mas é bom ter em mente que metade do que pagamos já tem endereço certo.

grafico levy5

Para quem vai o resto? Na educação, por exemplo, 30% do orçamento do MEC vai para o ensino superior:

grafico levy6

De fato, no Brasil se investe 5 vezes mais em um aluno do ensino superior do que em um da escola básica (Inep 2011 [3]). É tão mais que em outros países que nem cabe no gráfico:

grafico levy7

Entre inscritos no INSS, servidores públicos aposentados e universitários, começa a ficar claro para onde vai o dinheiro dos impostos no Brasil: a classe média. Foi precisamente o que concluíram Marcelo Medeiros e Pedro Souza (Ipea): a ação estatal responde por um terço da concentração de renda no Brasil. [4]

O outro ralo para onde vai o dinheiro é a “renúncia fiscal” da sonegação. O Sinprofaz (Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional) estima que em 2014 sonegou-se R$500 bilhões. Em só 1 ano, os sonegadores tomam para si, do patrimônio público, o equivalente a 20 anos de Bolsa Família. Então quem paga o imposto?

grafico levy8

Quem ganha até 2 salários mínimos paga quase metade (49%) da sua renda em imposto; quem ganha mais de 30 paga pouco mais que um quarto (26%). Para quem ganha bem, o Brasil é praticamente um paraíso fiscal (especialmente dadas as oportunidades de evasão). E quem ganha pouco é quem realmente mais contribui do que tem, e que menos recebe em troca.

De grande o Estado brasileiro não tem nada. Ele só é injusto mesmo. E muito.


[1] Int$ são dólares internacionais, uma moeda de referência que re-equaliza as moedas pelo poder de compra de cada uma em seu país.

[2] Amaral, Gilberto L. do, João Eloi Olenike, Letícia Mary Fernandes do Amaral (2013), “Cálculo do IRBES (Índice de Retorno de Bem Estar à sociedade),” Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributária, abril 2013.

[3] INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira)

[4] Medeiros, Marcelo e Pedro H. G. F. de Souza (2012), “Gasto Público, Tributos e Desigualdade de Renda no Brasil,” XVII Prêmio Tesouro Nacional, 2012.

 

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173 respostas to “Não, o Estado brasileiro NÃO é grande”

  1. joaquim alberto ribeiro disse:

    Interessante o artigo. Mas quando se fala do tamanho do Estado, normalmente se compara o Brasil como outros, o que não deixa de ser importante, pois assim temos uma referencia. Mas não seria interessante também tentar ver ver a administração pública com um olhar mais crítico? Talvez no passado fizesse sentido, mas hoje tenho muitos dúvidas quanto a isso. Porque continuam existindo municípios com tão pequenos em habitantes e em arrecadação, que não conseguem nem pagar os próprios custos administrativos? Porque tantos “estados”, também com seus custos administrativos, se eles não podem se separar da União? Nesse caso, porque não serem apenas regiões administrativas? Sim, teríamos que alterar a Constituição para isso. Mas a Constituição foi escrita por pessoas, e não por Deus. Mas aí pode mexer nos interesses das classes dominantes? Creio que sim. Sabemos que muito do funcionalismo público exercem seus trabalhos tão bem quanto os empregados da iniciativa privada. Mas isso não significa que não possam ser privatizados. Os custos com pensões e aposentadorias do setor público chega a ser uma afronta aos espírito republicano, quando comparado ao setor privado. E quando se vê o ridículo que é as pensões dos militares sendo passadas para os filhos, esta afronta parece fazer mais sentido ainda.

  2. Francisco disse:

    Não sei se eu vomito ou choro com um artigo tão ridículo como esse. O Estado Brasileiro não é grande, mas sim Gigante. Atuante em todas as áreas da vida do cidadão, sem dá o mínimo de liberdade individual para fazer qualquer coisa. A saude é do Estado, a educação é do Estado, a segurança é do Estado, o saneamento é do Estado, a distribuição de água em muitos estados da federação é público, os bancos são públicos, as universidades são públicas, infraestrutura é pública, o imposto sobre produto é um roubo absurdo que o Estado pratica, têm legislação para fazer qualquer coisa… Mas o Estado é pequeno? Ok

    • marcelo disse:

      E não esqueça de acrescentar ai que a arrecadação é 35% do PIB brasileiro atualmente isso corresponde a cerca de 2.5 trilhões de reais, e 70% desse montante fica com a união e só 25% para os estados e 5% para os municípios, ou seja a união com seus “somente 10%” de funcionalismo gasta 70% do bolo frente a todo o restante do mercado, e para entregar um serviço deficitário e de péssima qualidade em que na maioria das vezes não supre a demanda. Será que isso não é concentração de renda no Estado?

  3. Oscar disse:

    Caro autor. Eu li parte do texto, até por que já li outras referências ao tema, e até mesmo fazendo minhas análises. Parabéns, por que não é simples como os comentaristas querem fazer parecer, desenvolver essa tema. Quanto aos comentários, li diversos e a minha conclusão é, ou não tem qualquer formação na área econômica e por isso as divagações ou então nunca conduziram um estudo. Qualquer estudo possui um delineamento, utiliza um método de análise e sobre isso desenvolvem-se as análises. Ai quando eu vejo as pessoas criticarem os resultados e perguntando por que usou esses países, por que esse indicador, e blá blá, quando deveriam questionar o método, ou então apresentar um estudo correlato com métodos distintos e que apontassem resultados divergentes, para então sim entrar na discussão. Fora isso é rebeldia de quem procura desqualificar sem conhecimento de causa.

  4. […] André Levy, um matemático com doutorado fora do Brasil que se dedica ao estudo desses dados (http://brasildebate.com.br/nao-o-estado-brasileiro-nao-e-grande/). Ele afirma que a “tese de que o Estado brasileiro é inchado não se verifica se olharmos para […]

  5. Douglas disse:

    Você compara países muito mais ricos que o Brasil e conclui que o estado brasileiro não é grande, não atoa o Brasil é um país atrasado com esse tipo de Ad Hoc.

    E ainda carga tributária não é o melhor meio de se fazer essa comparação. Países pobres sempre tenderão a ter uma carga tributária menor por conta da Curva de Laffer, o correto é usar o nível de impostos a serem pagos. Por exemplo, a líder só possui o imposto de renda (bem) maior que o Brasil.

    • Pedro disse:

      Amiguinho, primeiro pesquisa o que é a curva de laffer pra depois querer montar uma teoria em cima. Uma das grandes críticas à “idéia” da curva de laffer, já que não é um modelo, muito menos uma teoria, é que ela parte do perssuposto que só existe um tributo no país inteiro e ele é usado pra financiar um bem privado apenas e divisível. Portanto, nem no pior pesadelo do pseudo-economista mais ignorante há de se falar em “carga tributária” e curva de laffer. O nome disso é samba-do-criolo-doido. Mas pra falar esse tipo de coisa, tu não deve saber nem a diferença entre bem público e bem privado, externalidade etc., quanto mais teoria econômica tributária.

      Carga tributária é uma medida relativa que adapta a riqueza do país ao tamanho do Estado que precisa ser financiado por esses tributos. Lembrando que Estado engloba políticas públicas em formas de incentivos e transferências (tenho que explicar até isso porque tenho certeza que alguém com sua cultura de primário imagina Estado como sendo um grande prédio cheio de servidor público) kkkkk

      Vai estudar, moleque.

  6. […] O Gráfico abaixo mostra um raio-x das contas públicas brasileiras. As três grandes contas da república são previdência do sistema INSS (aproximadamente 35M de pessoas), previdência do setor público (aproximadamente 1M de pessoas) e juros da dívida (bancos, fundos de investimento e de pensão públicos e privados). Somando essas contas chegamos a 17% do PIB. subtraindo isso de uma carga tributária de 35% do PIB +%5 de deficit nominal, restam grosso modo 23% como gasto público de fato. Abaixo mais detalhes. Ótima analise aqui: http://brasildebate.com.br/nao-o-estado-brasileiro-nao-e-grande/ […]

  7. Danylo Furlani disse:

    Eu li o artigo e TODOS os comentários.
    Achei o artigo bom no sentido que usa dados (torturados ou não) e coloca FATOS na discussão. Parabéns André. Concordo que o estado Brasileiro não é grande.
    Tenho duas observações à fazer.
    1º Um dos motivos (não o único) de termos a sensação de termos um estado grande vem da constante presença do Governo (este sim grande, notar a distinção entre Governo e Estado) e de sua intromissão na vida privada das pessoas. O Governo é Paternalista e intervencionista e “decide” muito sobre como as pessoas devem ou não conduzir suas vidas.
    2º Um ponto ficou de fora de todas as discussões até o momento, ninguém mencionou a produtividade. Não só do setor público, mas do setor privado também. Não tenho esses dados e meu comentário tem mais o intuito de provocar o autor a olhar a questão de forma mais abrangente. Em uma economia relativamente pequena (em termos per capita) um governo social democrata Europeu pesa muito.

    Agora uma opinião (Cada um pode ter a sua!): A transferência de renda no Brasil se dá do setor produtivo para o improdutivo (PEA para aposentados e beneficiários) e dos pobres para os ricos. O sistema de tributação é todo errado, isso é básico e não vejo ninguém tocando nesse assunto. Impostos sobre produtos pesam mais para os pobres e imposto sobre a renda pesa mais para os ricos, no Brasil é o inverso, os produtos tem impostos altos e a renda impostos baixos. Assim a conta nunca fecha e o país nunca vai pra frente….

  8. Raquel disse:

    O Estado brasileiro é imenso,não apenas pela questão doas impostos altos,mas também pela presença do Estado na atividade econômica e pela imensa burocracia que assola esse país ,e parece que brasileiro ama burocracia.
    Pra começar,a existência de empresas como BNDES,CAIXA e BB,por si só é uma anomalia.
    O Estado deve se abster de qualquer atividade econômica,isso é função do setor privado.
    Não é obrigação do Estado construir estradas,aeroportos,e muito menos dar saúde de graça pra ninguém.
    Saúde não é direito absoluto,saúde é um bem,que deve se remunerado.
    Se o Estado fosse reduzido ao mínimo,pode ter certeza que teríamos muito mais condições de nos desenvolvermos.
    E não venham com exemplo dos países escandinavos. Finlandia e Suécia estão a beira da falência. Estado de bem estar social,só existe em países ricos,e mesmo assim por pouco tempo.Fazer caridade com o dinheiro dos outros é fácil. Pq raios eu tenho que financiar saúde,escola e outros benefícios para pessoas que eu nem conheço?

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  10. Henrique disse:

    “Estado brasileiro NÃO é grande”

    Tá bem loco??? O estado se envolve em qualquer transação comercial, em todos os mercados, em todos os tipos de créditos. Tem ministérios pra tudo, sindicatos, e um gasto gigantesco. E só pelo fato de ser um único estado roubando (porque imposto é roubo) um território gigantesco torna ele grande. Ele só não é maior porque o Brasil ainda é pobre demais pra sustentar mais psicopatas. Senão, poder ter certeza que seria maior

    • Pedro disse:

      o cara vem num blog de economia que apresenta dados e cálculos feitos por um MATEMÁTICO e contesta isso tudo com uns argumentos retardados de boteco frequentado por classe média brasileira que vai pra fauldade de gente burra que o pai e mãe pagam porque se depender de passer num vestiular que presta… xiiiiii ahahahhaha

      • lucas disse:

        O que ele escreveu é verdade. O Estado brasileiro é extremamente intervencionista, inclusive em vários países citados pelo autor do texto, o nível de liberdade econômica está entre os mais altos, vide Japão e Austrália, diferente do Brasil que está nos piores índices. O que resta para você é a demagogia e a ironia, que são sinônimos dos fracos. Não me deixaria abismado se você trabalhasse para o Estado, o que eu acho bem provável

  11. Marcelo disse:

    Se uma pessoa física no Brasil paga em torno de 20% de imposto em cima do que ganha…PERCENTUALMENTE quem ganha menos paga mais. Mas em números paga bem menos!

  12. Ricardo disse:

    Entendo que o estado tem gastos relativamente menores que o de outros países considerados desenvolvidos. Entendo inclusive que ao estado tem direcionado seus recursos de maneira semelhante que a de outros países.
    Contudo, me parece que as pessoas estão atribuindo a ineficiência de alguns departamentos publicos à falta de recursos e minha percepção é de que este artigo tem direcionado os dados para esse mesmo argumento.
    Sei que é bem menos elementar de mensurar, mas não seria o caso dizer então que os processos de nosso país não vem sendo eficientes, mesmo considerando a relativa falta de recursos?
    Além disso, não seria o caso de se considerar inclusive o nível de percepção de corrupção do nosso país, uma vez que no artigo o Brasil é comparado a países notoriamente menos corruptos como a Dinamarca e a Suécia?

    • Willian Santana disse:

      No meu ponto de vista, o serviço público no Brasil não é eficiente o bastante. Seria possível melhorar os resultados de algumas áreas com os recursos já aplicados. Acredito que isso não é feito devido a falta de gestão do conhecimento nas repartições, a descontinuidade de projetos e programas quando da mudança de governos e, principalmente, devido à grande influência dos partidos políticos no terceiro e quarto escalão.
      Na maioria das repartições, os “chefes” não são servidores com expertise na área e muitos sequer possuem compromisso com a coisa pública (não tem nada a perder: estabilidade, aposentadoria, etc.).
      Em pouco mais de 18 anos de serviço público, já vi muito recurso sendo jogado fora pelos motivos que apontei. A grande maioria de casos de corrupção que tive conhecimento estavam diretamente ligados a não concursados e quando havia participação de concursados, na maioria das vezes, foi por “mando” daqueles.

      Existe outro ponto interessante: No Executivo, o governo investe muito, muito mesmo, nos órgãos que arrecadam, fiscalizam e controlam e muito pouco nos que investem os recursos arrecadados.

    • Daniel Silva disse:

      Sem contar que os paises citado são menores que muitas cidades no Brasil…

  13. Gustavo disse:

    Não existem muitos funcionários públicos no Brasil. O problema é o alto custo que eles geram, aliado à estabilidade, que não existe em muitos dos países com mais funcionários.

    • R. p disse:

      Vc quis dizer o grande número de cargos comissionados, que geralmente possuem salários mais altos, muitas vezes voltam dinheiro para os políticos e partidos, a má administração… quem passou em um concurso muito disputado, geralmente não é ineficiente ou menos qualificado!

    • Pedro disse:

      Gustavo, isso que falou da estabilidade é uma falácia, bem como a remuneração do servidor público ou seu respectivo custo.

      Existem setores (assim como o da iniciativa privada) que recebem melhores salários do que outros. Vc sabe quanto ganha um professor estadual? Uma miséria…

      Quanto a estabilidade, ela não é garantia de emprego absoluta. Ela visa ÚNICA e EXCLUSIVAMENTE que o servidor, antes de ser demitido, responda por um PAD (processo administrativo disciplinar), isto é, passe um procedimento para defender seus atos.
      Se olhasse o diário oficial, saberia que todo mês vários funcionários públicos são demitidos.
      Você já imaginou o delegado da lava-jato ou o juiz Sérgio Moro sendo demitido porque buscou prender corruptos? A estabilidade também serve para não ocorrer perseguições. Se isso ocorresse (demissões sem critério), aí sim o Brasil nunca andaria para frente…

      Qto ao custo gerado, não há evidências de que o valor gasto seja o vetor para a falta de investimentos em outras áreas. O que é evidente é que a sonegação e a corrupção, estas sim,afundam o país. Qualquer país de primeiro mundo, precisa de um setor público forte para alavancar seu crescimento, junto com a iniciativa privada.

      • Lucas disse:

        De 2001 a 2015 segundo dados da casa civil(que é um órgão estatal) foram gastos mais de 1 trilhão em déficit previdenciário de servidores só a nível nacional. O valor é maior do que o investido em educação em todo o período. Goiás gasta mais de 80% do que arrecada com folha salarial e passivo previdenciário de servidores, Rio Grande do Sul a última vez que vi gastava 73%, hoje em dia este nível deve estar bem maior, fora os outros tantos exemplo que existem Brasil à fora. Realmente o custo gerado não é fator para a falta de investimentos.

  14. Luiz Fernando da SIlva disse:

    Gostei do texto, achei os dados pertinentes e pra variar, pautados em fatos (e não somente me ideologias). É uma discussão interessante, certamente.
    Primeiramente, eu não vi nenhuma menção ao índice de liberdade econômica, que eu acho esclarecedor em relação a essa dialética ESTADO x LIBERDADE ECONÔMICa, sequer pra dizer que ele não deve ser considerado. Nele, o Brasil é um dos piores, e ‘coincidentemente’, tem índices sociais deploráveis em relação aos primeiros colocados. Em contrapartida, considerou o IDH, que é um índice amplamente criticado, em que o Brasil consegue distorcer a pirâmide, por exemplo, facilitando que alunos se matriculem aos 6 anos de idade e chama isso de combate ao analfabetismo.
    Um outro ponto que alguém já falou por aí é em relação aos grandes empresários. Como pode haver monopólios em um país onde existe legislação para combater cartéis? Só pode existir se o GOVERNO, por exemplo, prefere conceder isenção fiscal para grandes multinacionais e nem uma gota aos médios empresários. O nome disso não é INTERVENÇÃO? Como conceber monopólios em um país que o governo dá mordomias fiscais para poucas empresas e isso não ser culpa dele?! Não faz sentido chamar isso de estado pequeno. A gente enxerga isso claramente em contratos como os das obras da copa do mundo e do enriquecimento do Eike Batista as custas do BNDES (ao qual ele ficou devendo até onde sei), ambos ‘amigos do rei’.
    Sobre o funcionarismo público, também não vi nenhuma comparação entre o modelo de trabalho lá e cá. Será que lá os juizes recebem salários superiores a 20 mil e auxilio moradia? Na suécia, vi uma reportagem dizendo que os deputados moram em conjuntos habitacionais. Sem contar que em alguns desses países escandinavos, as estatais COMPETEM com empresas privadas (algo que não acontece por aqui). Lembrando, que esses SEMPRE prezaram pela liberdade econômica, até onde eu sei, há uns 200 anos.
    Por outro lado, tenho que reconhecer sua análise em relação aos gastos públicos. No Brasil, investe-se muito mais em ensino superior. Acredito eu que é por ser um segmento estratégico partidário, uma espécie de vitrine política. Porque investir na base dá muito trabalho e, num país de tantas desigualdades, a chance de se ‘obter’ um universitário é muito maior do que se obter um estudante de ginásio.

  15. Frank disse:

    Mas é claro que o Brasil está essa maravilha toda que vc descreve. Imagina que o Estado no Brasil não é gigantesco, ciclópico, anacrônico, dinossáurico, extremamente corrupto, infestado de parasitas, ineficientíssimo (exceto a Receita Federal, mais conhecido por Leão do IR), etc. Vc só esqueceu das fadas e gnomos em volta. E os seus nºs colocados aí são os mais puros, reais e verdadeiros possíveis. Que beleza! Hoje eu acordei no 3º mundo e vou dormir no 1º. Brigadu, viu?

  16. Igor Napoleão disse:

    Excelente artigo que contribui fundamnentadamente para demolir a falácia do Estado grande. Perdulário, corrupto, ineficiente, ineficaz, anacrônico sim, mas grande não!

    • Frank disse:

      kkkkk

      “Perdulário, corrupto, ineficiente, ineficaz, anacrônico, sim, mas grande, não!”

      PIB chinês: US$20 trilhões
      PIB brasileiro: USS$ 2 trilhões
      % da carga tributária chinesa sobre o PBI: 10%
      % da carga tributária brasileira sobre o PBI: 35%

      Qual país tem Estado grande? … A China?
      Negativo, é o Brasil.

  17. ERICK disse:

    O texto contribui para o debate, mas deixou de lado muitos pontos relevantes.

    Alisto alguns: a) apenas compara a carga em percentual do PIB com países de renda alta, mas não com os demais países dos BRICs e da América Latina; b) parece considerar natural o gasto com rolagem da dívida e, sobretudo, INSS, embora não haja paralelo em outro país com mesma faixa demográfica; c) ao tratar do número de funcionários, não expõe quantos estão na atividade-fim (professores, policiais, profissionais de saúde) e quantos estão na atividade-meio, o que só demonstraria que a situação é ainda mais grave; d) mais relevante que o número de funcionários públicos é o gasto total com eles.

    Mas o ponto que me pareceu mais preocupante foi a ideia de que o gasto público não deve ser considerado em relação ao PIB, já que os custos dos serviços públicos são fixos. É como se uma família achasse que pode gastar mais do que recebe, porque os custos de supermercado, gasolina, lazer também são pouco elásticos. É uma ilusão achar que uma sociedade de renda média pode sustentar uma social democracia europeia. Não é possível, artimeticamente, gastarmos mais do que produzimos, sendo que a literatura econômica há muito já demonstrou que há um limite de taxação dessa riqueza. O resultado mais uma vez se repete na história brasileira: estrangulamento do setor produtivo, o que provoca irremediavelmente retrocesso no campo social.

  18. Raphael disse:

    Mas de onde saiu essa lista de países? Noruega, Dinamarca, Chile?

    Porque não comprar com EUA, Cingapura, Hong Kong e Suíça?

  19. Mateus disse:

    “Entre inscritos no INSS, servidores públicos aposentados e universitários, começa a ficar claro para onde vai o dinheiro dos impostos no Brasil: a classe média. Foi precisamente o que concluíram Marcelo Medeiros e Pedro Souza (Ipea): a ação estatal responde por um terço da concentração de renda no Brasil. [4]”

    Li o artigo e não encontrei tal conclusão. De que é para a classe média que vão os impostos do Brasil.

    O artigo reclama da intervenção estatal na economia, gerando mais concentração de renda.

    • Maira disse:

      Entendi que o artigo diz que o Estado não é tão inchado qto dizem. Em países de IDH muito alto, 2/3 da população trabalham pro Estado, são funcionários públicos; enquanto no Brasil menos de 1/10 da população é de funcionários públicos.

      E que as pessoas que mais reclamam, no caso a classe média (mas isso é uma impressão minha, não tem nada a ver com o texto), são as que mais recebem benefício/retorno do governo através do ensino superior público, das aposentadorias/pensões (note que ele falou das servidores públicos aposentados e servidor público, em geral, pertence à classe média), e do imposto menor (pagam 1/4, 1/3 da renda em impostos, enquanto os mais pobres pagam metade da renda em impostos).
      Portanto, o que mais reclama é o maior beneficiado.

      • Baralho disse:

        O presente artigo tem bom texto, encadeamento de ideias, argumentação e informações facilmente apreensíveis graças aos gráficos.

        No entanto, uma premissa e uma conclusão nesse texto, destoam.

        > Nos comparativos de percentual funcionalismo público/PEA, o Brasil está entre os últimos com uma manchete até comparando com o Chile que tem 50 percento a mais e os países nórdicos com o dobro/triplo. No entanto não apresenta dados de países pobres – sim o comparativo é somente com países europeus praticamente – e nem com países grandes como EUA, Austrália e Rússia, por exemplo.

        > Nota-se também que foi ignorado o indice de liberdade econômica e que os países desenvolvidos citados nas comparações nem sempre tiveram essa carga tributária tão elevada, pelo contrário, se desenvolveram em bases liberais.

        > Com relação ao comentário de que a classe média é beneficiária ou o “vilão” da história, tal disparate é constragedor, pra não dizer infeliz, ignorando que os maiores concentradores de renda – e maiores salários – se encontram nas funções de Estado, em especial, no legislativo e judiciário, além do executivo federal e de algumas estatais.

        Enfim, sugere-se então um comparativo do Brasil e seu gasto público com outros países “em desenvolvimento”, portanto pobres.

        Que de fato mostre-se a concentração de renda advinda da transferência de dinheiro da iniciativa privada que tem teto de vencimentos nas suas pensões/aposentadorias enquanto funças federais se aposentam com vencimentos integrais, mesmo que na média trabalhem muito menos tempo.

        Sem contar além da excrescência do regime diferenciado {?} em contraste ao regime geral de previdências, não por acaso sua reforma é tão necessária ao país.

  20. Mateus disse:

    Os dados sobre o orçamento estão errados. Qual é a fonte do desenho bonitinho?
    http://www8d.senado.gov.br/dwweb/abreDoc.html?docId=92718
    http://www.orcamentofederal.gov.br/orcamentos-anuais/orcamento-2016/ploa/orcamento-cidadao-2016.pdf/view

    De acordo com o artigo, aumentar a tributação e o tamanho do estado nos deixaria mais ricos e desenvolvidos, é isso? Não há nada aí que mostre relação causa-efeito.

    Nas comparações, o Brasil sempre aparece próximo de países com IDH e PPP altíssimos. Mas o que veio primeiro o ovo ou a galinha?

    No meu ponto de vista, o problema não é a quantidade de funcionários públicos, mas a relação entre médicos, engenheiros, professores com deputados (e seus assessores), cargos comissionados, etc.

    Olha um exemplo aqui (Luciana Genro recebendo R$ 16.000/mês pra não fazer nada de produtivo):
    http://www.infomoney.com.br/mercados/politica/noticia/3865520/luciana-genro-vai-receber-salario-mil-para-assumir-bancada-psol

  21. Hudson disse:

    No primeiro gráfico, é possível observar que nos EUA o PIB per capita está em torno de $52500 e que a carga tributária é $1500. Isso dá uma razão de 43,75/1 nos EUA.
    No Brasil, essa razão é de 15000/400= 37,5/1 me levando a concluir do gráfico que os americanos são mais eficientes, produzindo aproximadamente (43,75-37,5)/37,5*100=16,67% a mais do que no Brasil por cada unidade de imposto pago.
    Por isso, apenas com foco no primeiro gráfico, entendo que a argumentação do autor está mostrando que a ineficiência do Brasil como Estado é grande.

  22. João Mezzomo disse:

    O texto é bom e seria bem importante se no Brasil valesse a racionalidade. Infelizmente não vale. Na terra dos coxinhas não adianta vir com argumentos, pelo contrário, trazer dados empíricos é considerado golpe baixo e o pessoal fica furioso e sai agredindo, como se vê nos comentários. O que conta aqui mesmo é o achismo, tudo aquilo que serve para corroborar o que as pessoas gostariam que fosse e que justificaria seu imenso individualismo e egoísmo, torna-se a verdade da nação. Ai as pessoas repetem até encher o saco a grande mentira de que pagam muito e não volta nada, e os ADVOGADOS do IBPT, que é uma grande picaretagem para justificar o não pagamento de impostos, inventam um IRBES em que 85% é o IDH…hehehe…. Por favor, isso é o próprio IDH, se somos um pais em desenvolvimento, com renda mensal média de 2 mil reais contra 8 mil da Europa e 10 mil dos EUA, temos IDH de pais em desenvolvimento, ponto. Parem de falar e compartilhar besteiras por favor!!!!!

  23. Albertino disse:

    “De grande o Estado brasileiro não tem nada. Ele só é injusto mesmo. E muito.”
    O autor encerra o texto com essa frase, mas parece que a maioria dos comentaristas aqui não a leu. Que belo dia será esse em que vamos ler a Bíblia e todos darão o mesmo nome aos Santos.

  24. ezequiel de souza cavalcante disse:

    esse cara não tinha que ser frentista de posto de gasolina,mais um que ganhou diploma de nobreza de dom joao xi

  25. Rafael disse:

    Já passei diversas vezes por este texto e não deixei os devidos parabéns. Adorei o uso da carga tributária verdadeira, não aquele número inventado pelo IBPT. Também gostei da provocação com aquela conta de chegar que é o retorno sobre tributação. Muito bom como em um gráfico você mostra a porcaria que é aquele “estudo”

  26. Cleber Allievi disse:

    Oq o autor de maneira desonesta faz é limitar o tempo de observação , ele cita que na Dinamarca e Noruega tem muito mais trabalhadores publicos e que é só ver como eles estão melhores que nós , NÃO desonesto amiguinho ! Dinamarca e Noruega gozaram de baixíssimo estado por DÉCADAS ! Graças a esse acumulo de de produtividade e riquezas gerados nesse tempo de MAIOR LIBERDADE é que o ESTADO teve “força” pra inflar , agora eu te pergunto você acha que isso é sustentável ? HAHAHAHHAHAHAHAHAHHAHAHHAH Daqui a 10 anos ou menos eu JURO que vou te procurar pela internet e postar esse texto que tu escreveu pra rebaixar a um idiota estatista.

  27. Ricardo disse:

    Há rumores que o governo TEMER pretende instituir a CPMF.
    Não é justo o povo brasileiro pagar mais impostos por causa da incompetência dos governantes.
    Assine a petição contra a CPMF:
    https://secure.avaaz.org/po/petition/Governo_Federal_Brasilia_Brasil_CONTRA_A_APROVACAO_DA_CPMF/edit/

  28. Diego Azevedo disse:

    Análise interessante. O problema, na minha visão de leigo, é como o Estado brasileiro trata o pequeno-médio empreendedor. É muito complicado, e são muitos os obstáculos, além de, as vezes, ser até desestimulante, já que o setor que o cidadão quer trabalhar pode estar na contramão do que o Estado prioriza e da incentivo.

    • Diego disse:

      De fato, Diego. No governo Lula/Dilma (com todos seus problemas) houve ampla desburocratização do acesso ao empresariado para os micro e pequenos empreendedores. Como por, exemplo, a criação do MEI, em que você pode ter um CNPJ através de cadastro via internet e paga o mesmo que uma contribuição para a previdência de uma pessoa com salário abaixo de 1500 reais, tem direito a INSS etc. Eu mesmo trabalho com MEI. Tenho medo que com esse novo governo interino do Temer a gente “pague o pato” dos grandes empresários dos monopólios, pois ja há sinalização de aumento de impostos, CPMF, juros… Os grandes vão continuar sem ser prejudicados e os médios, pequenos e micros, se já estavam em dificuldade vão ter ainda mais. É absurdo mesmo.

  29. Thiago disse:

    Muito bacana a iniciativa e o esforço, há dados bem interessantes, mas a interpretação desse na primeira parte – antes de apontar o problema para a carga – estão bem fracos.
    Por exemplo, aquele gráfico de IDH / Arrecadação é muito falacioso, apenas pra apontar uma fragilidade (há outras). Se fosse um ranking (IDH / arrecadação), estaríamos na posição 120 de 200? Não parece satisfatório. Se no lugar de arrecadação fosse arrecadação per capita, 160, 180 talvez??
    Fico imaginando os estados onde o IDH é abaixo da média nacional e que tem maior percentual de pessoas pobres (que como bem apontou o autor, são as que recebem maior carga) e só posso pensar que eles estão muito mais na bosta!!

  30. Diógenes Sá disse:

    A verdade que desmente as falácias difundidas pelos neoliberais golpistas e “anarquistas”! São os “heróis” defensores do Consenso de Washington – blindado após reuniões de economistas do FMI (órgão presidido por representante do EUA), do Bird (órgão presidido por representante europeu) e do Tesouro dos Estados Unidos realizadas em Washington no início dos anos 90. São recomendações dos países industrializados (detentores do direito de propriedade industrial ou direitos sobre as patentes de invenção, os modelo de utilidade, os desenho ou modelo industrial, as marcas de fábrica ou de comércio, as marcas de serviço, o nome comercial e as indicações de proveniência ou denominações de origem) para que os demais países, sobretudo aqueles em desenvolvimento, adotem políticas de abertura de seus mercados e o “Estado Mínimo”… O resultado mais importante desses artifícios (pelo menos no que se refere à América Latina) foi o aparente êxito no combate à inflação, durante os anos 80 e no início dos anos 90. Ao mesmo tempo, sugere o livre funcionamento dos mercados, com a eliminação de regulamentações e intervenções governamentais, mesmo que elas existam nos países industrializados. No plano sócio/econômico as conseqüências foram desastrosas, especialmente no Brasil: com desemprego, recessão e baixos salários, conjugado com um crescimento econômico insuficiente durante anos, revelou a outra face do Consenso de Washington. Na medida em que alguns países, como a China, por exemplo, têm combinado inflação baixa com crescimento econômico acelerado, sem seguir a cartilha do Consenso de Washington, alguns economistas vêm criticando, ultimamente, a rigidezes dessas políticas do Consenso de Washington e tentando encontrar políticas alternativas e fundamentadas nas Ciências Econômicas, como sugere as adotadas pela China.

  31. Santangeli disse:

    Estou procurando mais dados sobre isso, mas o que o Mansueto Almeida fala faz total sentido pra mim. O estado não é grande, mas pelos números (que podem sem manipulados para se apresentar resultados favoraveis a 2 ideologias diferentes) ele gasta mal sim. Alguem pode opinar sobre a palestra em http://livestream.com/insper/taassimporque ?

  32. xXx disse:

    Totalmente distorcida a analise, o Estado brasileiro age como um grande irmão sim. Simplesmente olhem para os preços dos produtos (qse tudo importado), os computadores mais caros do mundo, o piores carros, os piores serviços públicos do mundo (sem novidade até aqui), total intervenção na vida da população – não existe liberdade, vive de commodities, salários exorbitantes para o agentes do estado (principalmente do alto escalão), excesso de funcionalismo publico (20 milhões de pessoas não é pouco), não produz tecnologia e pratica imposto de importação da margem de 60% até 80% dependendo do estado.

    O brasileiro trabalha 5 meses do ano para pagar impostos e o Estado ainda é pequeno ?

    Esse matemático da USP manipulou os dados e não se atenta mais a realidade.

  33. Alysson disse:

    Perfeito o estudo André! E ele conclui de certa forma um dos grandes males do país, o investimento inadequado em educação. Que na verdade melhora um pouco agora com a questão de cotas e Prouni, mas mostra claramente que há uma prioridade errada na distribuição orçamentária. E a previdência também tem um problema claro com relação aos gastos realizados com servidores públicos e empregados da iniciativa privada, não sei quanto, exatamente em % dos gastos da previdência vão para servidores públicos, mas lembro que era algo gritante.
    É interessante perceber que apenas dois ajustes poderiam ser uma revolução.

  34. Hebert disse:

    A intenção do autor em insistir que o estado ainda é pequeno em relação a outros países isso sim é um sofisma. A diferença entre nós e outros países que possuem muito mais funcionários públicos que nos, esquece de uma diferença fundamental. Em países que possuem uma boa prestação de serviços públicos estes países são pequenos o que torna o controle mesmo centralizado funciona, e os funcionários públicos de lá estão nos lugares certos e executando as tarefas corretas. Diferente dos daqui. No Brasil o número de burocratas é infinitamente maior do que qualquer país do mundo. Temos o segundo poder legislativo mais caro do mundo e você quer mais estado? O volume de recursos destinados à infernal dívida pública é culpa sim do estado que gasta mais do que arrecada. E pior gasta muito mal qualquer cego encherga isso.E o pior que tenta culpar quem empresta o dinheiro(bancos e investidores do tesouro nacional). O professor é mestre em matemática mais um ignorante em econômica básica. Tem que gastar menos do que ganha. Sobre a sonegação precisa conhecer os mecanismos estatais de arrecadação estatal. São estupidamente eficientes. Pode consultar um contador. Vai se assustar.

    • Patrick disse:

      Perfeito. Sem contar que ele ignora o grande intervencionismo estatal em todos meios de mercado – o mesmo que tutela até vida do brasileiro. O Estado brasileiro é o que mais corrói o poder de compra e qualidade de vida do cidadão, através da desvalorização cambial, impostos sobre bens de consumo, excesso de regulações, inúmeras leis trabalhistas e etc.

    • José Antonio Meira da Rocha disse:

      Sofisma? Em que dados você se baseia para afirmar isto? O autor clocou dados e fontes. E você?

      • Eduardo disse:

        Ele se baseou justamente nos dados apresentados e na conclusão do autor pra concluir pelo sofisma. Você tem algum problema de interpretação, ou é só um papagaio mesmo?

    • Joaquim aumann disse:

      cara voc~e conseguiu pegar a porra de um senso comum idiotizado e misturar com sua confusão mental, dados idiot, demonstre com dados, não com aquilo que vc acha baseado em senso comum.

  35. MARIO GONÇALVES DA SILVA disse:

    Parabéns, pelo trabalho, André Levy!
    Só quero colocar uma coisa: O Bruno Moura diz que simplificações não nos ajudam. Eu digo que enquanto nós não simplificarmos as coisas, não vamos resolver nossos problemas. Precisamos começar pelo Congresso Nacional. Mais precisamente, pelo Senado Federal. Mas antes, temos que resolver o deficit fiscal. Ous seja, temos que ter um orçamento equilibrado para 2016. Orçamento com deficit é como caixa com saldo estourado. Se fechar o balanço da empresa com o caixa estourado, a Receita Federal cobra o imposto sobre o saldo, com juros e multas. Foi sonegação. Não tem com explicar.
    O Brasil tem um PIB de R$ 5,5 trilhões. Com uma alíquota de 0,2%, o ministro Levy disse que vai arrecadar R$ 32 bilhões de CPMF, anualmente. A base de cálculo é de R$ 16 trilhões. O sonegômetro aponta R$ 500 bilhões de sonegação. Ou seja, cerca de 1/4 da arrecadação. Para uma arrecadação de R$ 32 bilhões, R$ 8 bilhões terão saído dos sonegadores. Se a alíquota da CPMF for fixada em 1%, a arrecadação será de R$ 160 bilhões e a “contribuição” dos sonegadores será de R$ 40 bilhões. Simples, não? A questão é a diferença. Como cobrar esses R$ 120 bilhões dos contribuintes, que já têm uma carga tributária elevada. É simples, também. Extingue-se a cobrança de PIS sobre o faturamento das empresas e isso vai representar uma desoneração de cerca de R$ 40 bilhões. Mas precisa desonerar os trabalhadores e aposentados. Isso pode ser feito concedendo a eles o direito de ter deduzido o valor correspondente ao DESCONTO SIMPLIFICADO na apuração do IRRF pelas fontes pagadoras. A simplificação é a arma para combater a sonegação.
    Quanto ao Congresso Nacional, é preciso reduzir o n[umeto de parlamentares em 1/3. O Senado Federal tem eleições de 1/3 e 2/3 para sua composição. Nas próximas, será de 2/3. Oportuníssimo o momento para reduzir 1/3. Até porque, não tem coisa mais chata em eleição do que votar em dois candidatos para o mesmo cargo. A Câmara também tá muito inchada. Então, reduz-se em 1/3 as duas Casas e os funcionários dos gabinetes. Por extensão, isso pode ser feito nas Assembléias legislativas e nas Câmaras de vereadores. Depois, o Executivo teria que reduzir também a quantidade de ministérios, como forma de enxugar a máquina do Estado. Isso seria um primeiro passo para uma arrancada rumo ao crescimento e ao desenvolvimento.

  36. Diego Carvalho disse:

    “Para quem vai o resto? Na educação, por exemplo, 30% do orçamento do MEC vai para o ensino superior.”

    Leviano, pois parece que você não leu a CF que diz que a União deve se ocupar com o sistema de ensino superior.

    Além disso, você mistura diversas arrecadações com gastos diferentes. Por exemplo, na educação você só mostra o gasto da União, mas sua análise deveria levar os gastos das três esferas públicas, incorporando todos os poderes.

    Infelizmente, apesar do seu doutorado, o seu estudo não é científico.

    • MESSIAS disse:

      Ora se a arrecadação é feita pela união e distribuída com os entes federados e poderes constituídos porque então enfatizar os gastos em educação das três esferas públicas?
      No mínimo prolixa a afirmativa.
      No mais, os repasses da união para estados e municípios estão previstos na constituição federal, é só dar uma olhadela e verá isso tudo.
      Agora afirmar que “apesar do seu doutorado, o seu estudo não é científico”, fico me perguntando o que seria científico para você, a sua crença forjada sobre silogismos?

  37. Denis disse:

    Andre, nao sei se sou eu que nao entendi voce, mas a sensacao que da nas entrelinhas é que voce está querendo dizer que o pessoal que reclama de carga tributaria no Brasil está reclamando de barriga cheia. Acontece que a logica furada é que, neste pais, nao adianta a gente colocar mais dinheiro na maquina do governo, pois o excedente vai ser roubado descaradamente. Nao é um problema de tamanho, e sim de mau uso.
    Voce esta morando fora do Brasil né? Tenho uns amigos morando fora e que tem uma visao meio romantica da distibuicao de renda do governo atual, mas no fundo deram no pé e estao morando fora. Ate ja desisti de ficar irritado com eles, com os discursos cheios de razao, mas com a certeza de que esta pica nao é deles. Opiniao no problema dos outros…

    • Tramontina disse:

      Denis,
      Seu preconceito relativo aos que moram fora é semelhante ao que diz que a razão não importa, ou que distribuição de renda é romantismo.
      Então brasileiro não pode estudar fora,não pode tentar melhorar sua formação, para melhorar também nosso país? É dar no pé?

      • Denis disse:

        Claro que pode estudar fora, e deve. Está no meu roadmap ir para fora do país também, e bem em breve. O que me dá um porre são as opiniões e teorias que aqui é tudo lindo, mas já vazou e não volta mais…

  38. Bruno Moura disse:

    Gente vou desenhar para as pessoas entenderem:

    Vamos comparar dois países com PIB semelhantes e carga tributária semelhantes.

    Brasil e Reino Unido. Como o Brasil e Reino Unido tem cargas tributárias e PIB semelhantes, isso significa que eles arrecadam mas ou menos o mesmo valor em impostos em termos absolutos. Mas porque o Reino Unido tem serviços de primeiro mundo e o Brasil tem serviços tão ruins. Deve ser por conta da corrupção e má gestão, não é mesmo? Bem… não é bem assim, e de longe é a parte fundamental da história. Brasil e Reino Unido possuem uma grande diferença, que é tamanho populacional. Enquanto o Brasil usa 36% do PIB em política públicas para todos seus cidadãos, cerca de 200 milhões de habitantes, o Reino Unido pega o mesmo valor e gasta em políticas públicas para 63 milhões de habitantes, mais de vezes menor, o que equivale a população dos estados de São Paulo e Minas Gerais. Imagine que tudo que o governo arrecada é redirecionado exclusivamente para oferecer serviços públicos a esses dois estados? Saúde, educação, segurança, transportes… Cada cidadão, teria mais de 3 vezes o investimento que teria se tivesse que dividir o mesmo volume de recursos a 200 milhões de habitantes. É por isso que nossa arrecadação per capta é de país socialmente subdesenvolvido.

    É uma questão matemática. Mas o que isso significa? Isso significa que temos que aumentar a carga tributária? Não necessariamente, pois mesmo que aumentássemos a carga tributária para 40%, 50% do PIB, ainda não teríamos recursos o bastante para formar uma classe média vigorante, com maior poder de consumo e dotadas de cidadania e direitos fundamentais.

    Significa que está tudo certo com a gestão? Não. O nosso Congresso Nacional, por exemplo é o mais caro do mundo e custa mais de 8 bilhões ao ano. Um valor muitas vezes maior do que o congresso argentino ou mexicano. O nosso judiciário também é muito caro. Esse dinheiro que atende a privilégios do poder, poderia ser bem melhor aproveitado pelo estado brasileiro. Precisamos do fim da impunidade através de leis mais severas contra a corrupção para que essa prática seja desestimulada e o escarsso dinheiro público não vá para o ralo.

    O mais importante, no entanto é crescermos economicamente em uma relação maior do que o crescimento populacional brasileiro. O Brasil está estagnado neste sentido. Nossos produtos não tem valor no mercado mundial.

    Significa que temos reduzir a natalidade e restringir a entrada de imigrantes e assim reduzir o custo social por habitante? Em parte sim, desde que isso não afete a demanda por mão de obra e consequentemente o PIB. Não é atoa que todo a país rico tenha política severa de imigração.

    A solução do país rumo a melhoria da qualidade de vida da população possui diversas frentes, todas validas e relevantes, mas a mais importante é o crescimento econômico e só vamos conseguir crescer com investimento na educação e na formação profissional, mudando a dinâmica de se exportar apenas commodities, mas oferecer para o mercado mundial produtos e serviços com alto valor agregado.

    Isso não é trivial, pois existe pressões externas e internas para continuemos fazendo o mesmo e ocupando uma função medíocre na economia global. Precisamos de um projeto de país neste sentido e uma consciência cívica de nossos problemas. Neste sentido, simplificações não nos ajudam.

    • Marcus Fortes disse:

      Cara, seu comentário foi melhor do que o post em si.

    • Gerê Coutinho disse:

      É verdade que Brasil e Reino Unido possuem diferenças que não permitem a simples comparação de percentuais. Mas o tamanho populacional também é pouco relevante. Um indicador mais apropriado para esse tipo de comparação seria o PIB per capita.

    • Wilton disse:

      Concordo em quase tudo com seu comentário, mas o custo da corrupção influência muito, durante 12 anos de PT foram mais de 13 trilhões arrecadados, bateram todos os recordes de arrecadação. Fazem de tudo com o dinheiro do contribuinte, se você pegar uma lista de patrocínio dos Correios, por exemplo, mais meio bilhão, somente patrocínio.

      • MÁRIO GONÇALVES DA SILVA disse:

        Wilton, num debate macro, não cabem coisas pequenas. Compare o gasto com patrocínio dos Correios com o de uma empresa privada que tenha mais ou menos o mesmo faturamento. Você vai ver que empresas comerciais têm que gastar com propaganda, publicidade e patrocínio. Partidarizar o debate não leva a nada. Quando tínhamos os militares no poder, era ruim; com o PMDB do Srney nada mudou. Veio o PSDB e não melhorou. O PT do Lula é que trouxe uma nova configuração social. E achar que a corrupção é exclusividade desse governo é desconhecer, ou não conhecer, a história dos últimos 50 anos do Brasil. O maior problema do Brasil é a sonegação de impostos. É lógico que a corrupção é um componente da sonegação. Um quarto do que teria que ir para os cofres do tesouro está indo para o bolso dos sonegadores. E são R$ 500 bilhões. Isso quebra qualquer país.

  39. Bruno Moura disse:

    Gente vou desenhar para as pessoas entenderem:

    Vamos comparar dois países com PIB semelhantes e carga tributária semelhantes.

    Brasil e Reino Unido. Como o Brasil e Reino Unido tem cargas tributárias e PIB semelhantes, isso significa que eles arrecadam mas ou menos o mesmo valor em impostos em termos absolutos. Mas porque o Reino Unido tem serviços de primeiro mundo e o Brasil tem serviços tão ruins. Deve ser por conta da corrupção e má gestão, não é mesmo? Bem… não é bem assim, e de longe é a parte fundamental da história. Brasil e Reino Unido possuem uma grande diferença, que é tamanho populacional. Enquanto o Brasil usa 36% do PIB em política públicas para todos seus cidadãos, cerca de 200 milhões de habitantes, o Reino Unido pega o mesmo valor e gasta em políticas públicas para 63 milhões de habitantes, mai de vezes menor, o que equivale a população dos estados de São Paulo e Minas Gerais. Imagine que tudo que o governo arrecada é redirecionado exclusivamente para oferecer serviços públicos a esses dois estados? Saúde, educação, segurança, transportes… Cada cidadão, teria mais de 3 vezes o investimento que teria se tivesse que dividir o mesmo volume de recursos a 200 milhões de habitantes. É por isso que nossa arrecadação per capta é de país socialmente subdesenvolvido.

    É uma questão matemática. Mas o que isso significa? Isso significa que temos que aumentar a carga tributária? Não necessariamente, pois mesmo que aumentássemos a carga tributária para 40%, 50% do PIB, ainda não teríamos recursos o bastante para formar uma classe média vigorante, com maior poder de consumo e dotadas de cidadania e direitos fundamentais.

    Significa que está tudo certo com a gestão? Não. O nosso Congresso Nacional, por exemplo é o mais caro do mundo e custas mais de 8 bilhões ao ano. Um valor muito maior do que o congresso argentino ou mexicano. O nosso judiciário também é muito caro. Esse dinheiro que atende a privilégios do poder, poderia ser bem melhor aproveitado pelo estado brasileiro. Precisamos do fim da impunidade através de leis mais severas contra a corrupção para que essa prática seja desestimulada e dinheiro público não vá para o ralo.

    O mais importante, no entanto é crescermos economicamente em uma relação maior do que o crescimento populacional brasileiro. O Brasil está estagnado neste sentido. Nossos produtos não tem valor no mercado mundial.

    Significa que temos reduzir a natalidade e restringir a entrada de imigrantes e assim reduzir o custo social por habitante? Em parte sim, desde que isso não afete a demanda por mão de obra e consequentemente o PIB.

    A solução do país rumo a melhoria da qualidade de vida da população possui diversas frentes, todas validas e relevantes, mas a mais importante é o crescimento econômico e só vamos conseguir crescer com investimento na educação e na formação profissional, mudando a dinâmica de se exportar apenas commodities, mas oferecer para o mercado mundial produtos e serviços com alto valor agregado.

    Isso não é trivial, pois existe pressões externas e internas para continuemos fazendo o mesmo e ocupando uma função medíocre na econômica na economia global. Precisamos de um projeto de país neste sentido e uma consciência cívica de nossos problemas. Neste sentido, simplificações não nos ajudam.

    • MÁRIO GONÇALVES DA SILVA disse:

      Bruno Moura, Muito bom o seu comentário. Parabéns!
      Só quero colocar uma coisa: Você diz que simplificações não nos ajudam. Eu digo que enquanto nós não simplificarmos as coisas, não vamos resolver nossos problemas. Precisamos começar pelo Congresso Nacional. Mais precisamente, pelo Senado Federal. Mas antes, temos que resolver o deficit fiscal. Ous seja, temos que ter um orçamento equilibrado para 2016. Orçamento com deficit é como caixa com saldo estourado. Se fechar o balanço da empresa com o caixa estourado, a Receita Federal cobra o imposto sobre o saldo, com juros e multas. Foi sonegação. Não tem com explicar.
      O Brasil tem um PIB de R$ 5,5 trilhões. Com uma alíquota de 0,2%, o ministro Levy disse que vai arrecadar R$ 32 bilhões de CPMF, anualmente. A base de cálculo é de R$ 16 trilhões. O sonegômetro aponta R$ 500 bilhões de sonegação. Ou seja, cerca de 1/4 da arrecadação. Para uma arrecadação de R$ 32 bilhões, R$ 8 bilhões terão saído dos sonegadores. Se a alíquota da CPMF for fixada em 1%, a arrecadação será de R$ 160 bilhões e a “contribuição” dos sonegadores será de R$ 40 bilhões. Simples, não? A questão é a diferença. Como cobrar esses R$ 120 bilhões dos contribuintes, que já têm uma carga tributária elevada. É simples, também. Extingue-se a cobrança de PIS sobre o faturamento das empresas e isso vai representar uma desoneração de cerca de R$ 40 bilhões. Mas precisa desonerar os trabalhadores e aposentados. Isso pode ser feito concedendo a eles o direito de ter deduzido o valor correspondente ao DESCONTO SIMPLIFICADO na apuração do IRRF pelas fontes pagadoras. A simplificação é a arma para combater a sonegação.
      Quanto ao Congresso Nacional, é preciso reduzir o n[umeto de parlamentares em 1/3. O Senado Federal tem eleições de 1/3 e 2/3 para sua composição. Nas próximas, será de 2/3. Oportuníssimo o momento para reduzir 1/3. Até porque, não tem coisa mais chata em eleição do que votar em dois candidatos para o mesmo cargo. A Câmara também tá muito inchada. Então, reduz-se em 1/3 as duas Casas e os funcionários dos gabinetes. Por extensão, isso pode ser feito nas Assembléias legislativas e nas Câmaras de vereadores. Depois, o Executivo teria que reduzir também a quantidade de ministérios, como forma de enxugar a máquina do Estado. Isso seria um primeiro passo para uma arrancada rumo ao crescimento e ao desenvolvimento.

  40. Marlos Batista disse:

    Levy, parabéns pelo trabalho, mas a questão do cálculo do IBPT ficou na minha cabeça. Sim, de fato é um cálculo falacioso pra reforçar um discurso enviesado, mas seu cálculo não condiz com o cálculo do IBPT que a fórmula é: =200-(115*CT)-(85*(1-IDH)). Colocando sua suposição de 80% de imposto sobre PIB num IDH de 0,1 frente a 10% do imposto num IDH 0,2 dá um resultado muito maior pra segunda opção, ou seja, sua afirmação não está correta, pelo menos não nesse aspecto.

    O resto está, é um cálculo ridículo pra reforçar um discurso.

    • José Antonio Meira da Rocha disse:

      E temais: não bastasse o IBPT (uma empresa comercial, diga-se de passagem) ter desenvolvido uma metodologia esdrúxula, os cálculos não fecham! Tentem reproduzir esta fraude acadêmica. Ninguém conseguiu até hoje!

  41. Aderval Monteiro disse:

    Meus Caros,

    Não entendo nada de economia, mas o que sinto em relação ao nosso País é: MUITOS IMPOSTOS e ao mesmo tempo muita SONEGAÇÃO, MÁQUINA PÚBLICA INEFICIENTE e MAL PAGA para a grande massa de servidores públicos e uma CONCENTRAÇÃO de salários elevados e comissionados para uma MINORIA de servidores, e principalmente uma cultura de DESONESTIDADE com o uso dos recursos públicos, e uma classe política DESACREDITADA e também DESONESTA. Mude-se isso e teremos um país desenvolvido, que deveria investir pesadamente na educação básica de qualidade (que só existe em discurso eleitoreiro), para que na próxima geração, possamos ter pessoas conscientes política e socialmente!

  42. Marcos Marins disse:

    SEU GRÁFICO ARRECADAÇÃO X GASTOS PÚBLICOS não bate com os gráficos da http://www.auditoriacidada.org.br que aponta para 47% do Orçamento da União sendo gastos para pagar JUROS E AMORTIZAÇÕES DA DÍVIDA PÚBLICA.

    Você poderia esclarecer porque no seu gráfico estes juros ocupam 5%?

    Uma das duas análises está errada?

    Abraços,
    Marcos.

    • Joaquim disse:

      Conforme vc disse, o número da auditoria cidadã inclui amortização (que seria o pagamento do principal). Como em regra, o tesouro emite dívida nova pra pagar dívida velha, em tese não se deve considerar amortização de dívida como um “gasto público”. De fato o único “custo” deste processo é o juros incidente no montante de dívida.

  43. Victor Campos disse:

    A analogia com o Pãozinho foi ótima. Pois vejamos… O aluguel da padaria se dilui no preço de todos os pães(afinal ele tem que ser pago no fim do mês), se ele for muito grande em relação ao faturamento da padaria, ele torna o negócio inviável/não competitivo.

    O mesmo ocorre com o imposto, por mais que a gente pague em valores brutos menos impostos que os outros países ricos, a % do PIB impede o crescimento(o que faria a gente arrecadar mais com menos %).

    Sobre a comparação de %, 34% do PIB no imposto de renda, fora o imposto embutido em tudo que compramos (ex: ontem comprei 6 meias e 30%, escrito na notinha, era imposto).

    Outro ponto é o destino fixo do imposto, outro ponto meio “mentiroso”, primeiro o fato da dívida/inss ser inchada não é algo natural, é algo causado pelo próprio governo: Chile por exemplo não gasta imposto nessas proporções nessas coisas. Ou seja, o governo desvia recursos para esses dois pontos porque quer e não porque deve, não foi uma força da natureza que estabeleceu esses gastos.

    O segundo ponto é que a dívida no caso se paga com o superavit primário(que não vamos ter esse ano) ou com mais dívidas, então na verdade acabamos só destinando 2% do imposto arrecadado para pagamento de dívidas e não 40 e tantos % como descrito no texto. Enfim…

    • Marco Leotti disse:

      O comerciante que não colocar o aluguel diluído no custo do seu produto está fadado ao fracasso, essa valor tem a obrigação de agregar o preço final.

  44. […] Não, o Estado brasileiro NÃO é grande, por Andre Levy. […]

    • Roberto Simões disse:

      O serviço público na Noruega, caso não saiba em quase sua totalidade é voluntário, Não é emprego e na Dinamarca os salários são baseados no salário mínimo de lá. Arrange outra que justifique. Não existem apartamentos para políticos, são todos alugados e quando perdem o mandato devolvem. São necessários Cursos de trêa anos e militância de 8 para se elegerem. Politicos São obrigados a terem um emprego , pois os salários são considerados ajuda de custo. Informe-se e seja neutro.

  45. Ana Linhares disse:

    O custo alto do funcionário não foi levado em conta. Com salários médios de 8 a 14 mil, no Executivo, Legislativo e Judiciário, o servidor custa em média 10 vezes menos que um trabalhador privado. Citar países escandinavos nesse contexto é irrelevante, pois nesses países há isonomia salarial entre público e privado. Então temos uma situação em que a arrecadação vem em maior parte da população mais pobre, que pouco se beneficia. O InSS e a previdência infelizmente não dividem seus benefícios per capita, como em muitos países. Só para citar o bolsa-família, que atende 13,7 milhões de famílias, e custa menos que a previdência dos militares, que atende a 300 mil famílias.

    • Heleno Rodrigues Corrêa Filho disse:

      Esta afirmação não se sustenta com relação ao executivo, nem mesmo aos militares.
      O custo médio do Legislativo e Judiciário pode ser. Do executivo foi rebaixado desde 1981, ainda na ditadura, e a trajetória foi descendente com eliminação de recursos que o estado tinha tais como subsídio para moradia, transportes para funcionários, residências funcionais para quadros técnicos tomados por empréstimo aos estados.
      A ideologia do estado mínimo é o fundamento desta análise sem base factual.

    • Paulo M. Marsiglia disse:

      Muito pertinente as suas observações. Parabéns.

    • Vinicius Oliveira disse:

      Ana, de onde vem esse dado de salários de 8 a 14 mil? A PNAD pergunta renda e não salário. A RAIS aponta uma média perto de 3 mil.

      O funcionalismo paga normal. A distorção é por causa de supersalários de algumas categorias, ou pior verbas indenizatórias , que triplicam o salário de algumas categorias. O problemas maior é a injustiça e ineficácia da máquina, que deve recair sobre a estrutura e não sobre o servidor.

  46. Fabio disse:

    Também fiquei confuso com o assunto da dívida pública. A divergência entre as suas informações e a de fontes como a Auditoria Cidadã são gigantescas, e o trabalho deles parece *muito* bem embasado. Você fala em uma dívida de 35% do PIB, eles falam em 68%. E falam em praticamente 50% do orçamento geral comprometido com o sistema da dívida.

  47. Victor disse:

    Medir o tamanho do estado pela carga tributária é um erro bem comum.

    Primeiro: o volume de arrecadação não é o pior problema do sistema tributário brasileiro, mas sim, sua complexidade. Empresas gastam muito tempo e dinheiro só pra saber o quanto elas devem pagar ao fisco.

    O autor ignora toda as outras áreas em que o estado se arrogou o poder-dever de gerenciar. Contrato de trabalho, relações comerciais, agência reguladoras, monopólios privados etc… Isso é que torna o estado brasileiro grande e não ~apenas~ sua carga tributária.

  48. Parabéns pelo debate de ideias, argumentos, dados etc em Alto nível…

  49. talita disse:

    O estado brasileiro não é grande, ele é caro e ineficiente.
    O artigo compara a Noruega com o Brasil, que na Noruega a cada 3 trabalhadores, 1 é servidor. Na Noruega, educação/saúde públicas são bons. Logo, espera-se q a maior parte das escolas/hospitais do país sejam públicos, o q já aumenta consideravelmente o número de empregados públicos. Além disso, em nenhum momento se fala do custo do serviço público nos países mais “inchados” q o Brasil. Vamos comparar?

    O custo de um deputado aqui é de 13x o pib percapta, na Noruega é de 1,4x o ppp. O Brasil é o 6o nesse tipo de gasto e a Noruega o 29o. Atente para os países de 1o a 5o, não são os mais desenvolvidos. Os q são acusados de ter a máquina pública mais inchada q a do Brasil são exatamente os q gastam menos com seus parlamentares… O Inchaço que o povo aqui reclama não é em qtde, mas em custo.

    http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/deputados-do-brasil-tem-6o-salario-mais-desproporcional

  50. Lucio Satiro disse:

    Constatação na prática: os pobres precisam, com urgência, de Liberalismo, de livre mercado. Um fato como o ocorrido com as Drogarias São Paulo aqui no Ceará, que vendia remédios baratíssimos beneficiando principalmente os mais pobres jamais deve se repetir, pois que o Estado interviu, alegando crime de concorrência desleal. O Brasil precisa urgente de Liberalismo, não do funesto socialismo que a esquerda quer nos fazer engolir, enriquecendo sua elite e empobrecendo todos os demais.

    • Pedro disse:

      Explique, por favor, como acabar com drogarias baratas que, como você mesmo disse, beneficiavam os que menos tinham dinheiro pra pagar pelos remédios caríssimos é o que os pobres precisam?

    • Paulo M. Marsiglia disse:

      Não culpe a esquerda pelo que ocorre no Brasil. Culpe, isto sim, a esquerda brasileira que, por não ter “quadros” nem tradição, quando assumiu o poder se corrompeu. Direita não é panaceia para todos os males. Veja o exemplo do governo de direita de Ronald Reagan, citado pelo articulista, no qual apenas 1% dos mais ricos, acumularam 40% da riqueza americana. Ha 25 anos antes do governo Reagan, esta proporção era de 12% e 33%. Acredito piamente nos dados fornecidos neste artigo, pois aprendi que políticas de direita só favorecem os mais ricos.

  51. edson disse:

    Quem já viajou para alguma dos países na lista já viu que tem várias coisas neles que no Brasil falta. Quem escreveu este artigo deviria citá que as estruturas de estrada, educação pública, e segurança que não existe em Brasil e um porém importante.

    • Paulo M. Marsiglia disse:

      Quase todas as críticas a este artigo são válidas, porém pontuais. Não dá para comparar o Brasil com os países europeus. Dentro do Brasil caberia praticamente toda a Europa. A heterogeneidade racial, social e cultural do povo brasileiro é impar.Não estou justificando as “falhas” das nossas políticas culturais e sociológicas.Se tivessemos a “maturidade” dos países europeus, mesmo assim continuaríamos a não poder se comparar a eles. São realidades completamente diferentes.

    • Carlos disse:

      O artigo deixa claro que se refere ao tamanho do estado e dos impostos. Não entra na sua eficiência, pois seria guerra perdida. Mas aponta como alguns sugam boa parte deste dinheiro e depois ainda reclamam do tamanho do estado! Funcionário
      Público com salarios superiores ao mercado privado, aposentadorias milionárias, legislativo e judiciário faraonicos, um mundo universitario federal elitizado e bancado com recurso público, e nem chegou a falar das obras superfaturadas, do lob imoral legalizado, do TSE, das licitações, das leis sob encomenda, das empresas de politicos prestadoras de serviço, das parcerias publico privadas ridículas e imorais etc e etc

  52. francisco disse:

    Esqueceram de compultar nessa reportagem as empresas estatais e os governos estaduais

  53. Alexandre disse:

    Não é grande. É ineficiente. Logo o caminho para o desenvolvimento não é necessariamente a redução do Estado, mas aprimoramento (diferente de apararelhamento) da estrutura estatal.

    • José Antonio Meira da Rocha disse:

      Quais os dados que você consultou para afirmar que o estado brasileiro é ineficiente? Alguma pesquisa comparou eficiência relacionada com arredação per capita e com número de servidores púbicos de todos os países do mundo?

  54. paulo costa disse:

    FHC SÓ TINHA 12 MINISTÉRIOS.

    • Bob Lahton disse:

      e nunca fez nada em favor dos trabalhadores e do povo brasileiro, só o Serra trabalhava na época, vendia tudo que era nosso e sumia com o dinheiro. as propinas eles depositavam tudo no HSBC e nunca pagaram Imposto sobre isso e muito menos declararam no IR.

      • Marcelo disse:

        30 cachos com 10 uvas podres penduradas em cada um = 300 uvas podres;
        10 cachos com 30 uvas podres penduradas em cada um = 300 uvas podres.
        Penso que a questão não é Quantos ministérios, mas Quantas Uvas podres penduradas no total.

    • MARIO GONÇALVES DA SILVA disse:

      Conta outra, Paulo Costa!

  55. Guislene disse:

    Puxa vida nem me diga de dor na coluna, passei por momentos bem dif

  56. Josinei disse:

    Torture os números para que eles provem o que eu quero dizer. Esse é o método do autor. Primeiro que a carga tributária do BR não é 34% do PIB (foi de 36,27 em 2013. Em 2015 vai chegar perto de 38~39) e fonte (Heritage) não tem dados de 2015 como diz a tabela, pois o ano mal começou.

    Segundo que o que interessa mais que a carga tributária são os gastos do governo (carga + déficit). Neste ponto o BR BR é campeão: 37~38 de carga + 8 de déficit = 47~48 de gastos do governo. Opa! Aí já pulamos pra dianteira da tabelinha.

    Terceiro não tem a ver com números, mas com analfabetismo econômico.
    O autor tira uma foto de 2015 para concluir que estado grande é bom porque os ricos tem estado grande. Mas ele não analisa COMO esses países ficaram ricos. Eu te digo: com liberalismo e estado pequeno. Se quiser começar pela Suécia, estude quanto era sua carga tributária entre 1850 e 1970 (que foi o período em que enriqueceram) e quanto era entre 1970 e hoje, período em que sua economia ficou estagnada.

    • Flavio J. disse:

      Isso sem considerar as várias manobras contábeis acumuladas nos últimos anos para inchar PIB e desinflar despesa pública.

    • Mauricio disse:

      Sera que o autor vai responder seu comentario? Hahaha, esperando.

    • Vitor Fontes disse:

      Taca-le pau! Esse autor tá de brincadeira, torturando os números e gráficos mesmo!

    • Paulo M. Marsiglia disse:

      Há muitas formas de “torturar” números. Uma delas é usa-los em comparações inadequadas.
      Comparar o Brasil com a Suécia é “brincadeira”. Exemplos: A Suécia tem um território com 114.438 quilômetros quadrados a MENOS do que a Bahia e possui 193.500.000 habitantes a MENOS do que o Brasil. Comparar o Brasil com a Suécia é “covardia”. Além disso, existem inúmeros outros fatores que distinguem o Brasil da Suécia e que agora me ocorrem. Seria impossível aborda-los neste pequeno espaço.
      Analfabetismo econômico é “pecado”, mas maniqueísmo ideológico é muito pior.
      As causas reais e prováveis da estagnação econômica da Suécia eu não sei, mas considero simplório atribui-las a simples elevação dos tributos.
      Quando a economia de uma nação distribui as suas riquezas de forma justa, “honesta” e proporcional, o governo pode se dar ao “luxo” de diminuir a sua intervenção nos rumos da economia, mas quando o “panorama” econômico é concentrador de riquezas, perverso e elitista, tem a OBRIGAÇÃO de intervir para evitar este quadro desumano, fascista e egoísta, que cria um “abismo” entre os mais ricos e os mais pobres.
      Isso deveria ser claro e cristalino. Quem não concorda com isso deveria rever seus conceitos de humanismo.

      • MARIO GONÇALVES DA SILVA disse:

        Paulo M. Marsiglia, Parabéns!

        Sua presença aqui, enriquece o debate. Amigos, prestem atenção numa coisa. Para ser um país desenvolvido, o Brasil carece de alguns pré-requisitos: educação, saúde e saneamento básico são que sitos indispensáveis. Mas a emergência é o equilíbrio fiscal. E não haverá equilíbrio fiscal enquanto tivermos 1/4 dos impostos sonegados. Os sonegadores demandam serviços tanto quanto o restante da populçao. Por isso é que a CPMF é a única solução de emergência capaz de resolver o problema fiscal. Por que vai fazer com que os sonegadores paguem imposto sem sentir. Se o governo desonerar as atividades empresariais, extinguindo o PIS sobre o faturamento ou reduzindo a alíquota da CPFINS, e adotar uma alíquota de 0,5% de CPMF, pode aumentar a arrecadação em cerca de R$ 50 bilhões ao ano. Para não onerar os trabalhadores e aposentados, é só permitir a aplicação do DESCONTO SIMPLIFICADO no cálculo do IRRF. Quando resolver a sonegação, reduz a corrupção e melhora a educação. Com recursos da CPMF, a saúde também pode melhorar.

    • Rafael disse:

      A carga tributária em 2015 foi de 32,71% do PIB, segundo Tesouro Nacional. https://mansueto.wordpress.com/2016/05/16/carga-tributaria-no-brasil-33-do-pib/

  57. cviniciusm disse:

    A seguinte afirmação “Tanto a dívida pública líquida qto o orçamento público giram em torno de 35% do PIB” foi demonstrada pois 36% do PIB em arrecadação e 37,9% em gastos públicos. Não entendi, não está claro, o que é feito com os 65% do PIB restantes?

  58. cviniciusm disse:

    Vejamos:
    1) O exemplo citado: “Para dar um ar científico para o sofisma, aponta-se para o IRBES (Índice de Retorno de Bem Estar à Sociedade [2]) do IBPT (Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributária). O índice é calculado como a soma de 85% do IDH e 15% da arrecadação em percentual do PIB. O que se conclui disso? Praticamente nada. Primeiro, quanto maior for a arrecadação fiscal, maior o retorno. Ou seja, um país que tributa 80% do seu PIB e tem IDH igual a 0,1, tem melhor “retorno” que um que tributa 10% e tem IDH de 0,2. Não faz o menor sentido.”;

    2) IRBES de março/2014: https://www.ibpt.org.br/img/uploads/novelty/estudo/1614/140403AsscomEstudo2014PIBversusIDH.pdf ;

    a) Pelo item 1, a carga tributária fictícia é 80%;

    b) Pelo item 2, observa-se que a carga tributária varia entre 24,30% a 48,00%; o IRBES varia entre 0,730 a 0,955; e a parcela preponderante do IRBES é o IDH;

    Assim, pelos itens “a” e “b” conclui-se que a carga tributária do item 1 está muito longe (amplitude) das cargas tributárias do item 2, assim seu exemplo é um equívoco.

    • José Antonio Meira da Rocha disse:

      Esse IRBES é uma fraude intelectual. Além de juntar grandezas incompatíveis (metodologia furada), o cálculo simplesmente não bate (fraude)! Você já tentou calcular esse índice? Ninguém conseguiu.

  59. Bruno disse:

    Falando em sofisma:

    O Brasil emprega 10% da sua população no serviço público (20 milhões de pessoas)
    A Dinamarca e a Noruega empregam 30% – 150 mil em média cada um.
    Chile 50% – 8,3 milhões

    Em resumo sofisma bom só quando serve pra gente né?

    • Gabriel Ribeiro disse:

      Bruno, acho que você cometeu erros de cálculo e interpretação de texto que não está falando de população total e sim de população empregada (ou “economicamente ativa”):

      – Brasil emprega 10% do mercado de trabalho e não da população total. Logo, são 96 milhões de pessoas ocupadas. 10% = 9,6 milhões. (5% da população)
      – No Chile, o setor público emprega 50% a mais que no Brasil, ou seja, se no Brasil emprega-se 10% no Chile emprega-se 15% da população ativa (que devem ser aprox. 11 milhões de pessoas) e dá um total de 1,65 milhões de pessoas num país com 17,6 milhões. (quase 10% da população)
      Sem falar no caso de Dinamarca e Noruega que essa proporção é bem maior.

    • Felipe disse:

      Ele está falando em proporção, não números absolutos. É óbvio que o Brasil vai ganhar em números absolutos, temos populações bem maiores que estes países citados.

    • Marcelo disse:

      O estado brasileiro é tão pequeno, que 43% de tudo que foi produzido em 2015 foi parar nas mãos do bonzinho. Além disso, o número de empregados do setor público é de 11 milhões, contra 35 milhões com carteira assinada pelo setor privado, ou seja, 24%. É o mesmo que nações referência na prestação de serviços públicos, como Finlândia e França. Só que, segundo o IBPT, temos o pior serviço entre as nações aqui listadas.

  60. Ruy disse:

    Onde ele encontrou esses 14% dos juros da divida ? Os ultimos dados (orçamento publico de 2015) que eu tenho está em 47%. Poderia explicar melhor.

  61. Ingrid disse:

    Olá. O Brasil tem a 5ª maior população do mundo, não a 40ª.

  62. Tales disse:

    No gráfico ”arrecadação x gastos públicos”, a porcentagem do gasto com os juros dívida publica está em torno de 5,7%. Pelo o que estou acompanhando ultimamente – principalmente sobre a auditoria da dívida pública -, é apontado que 40 a 45% do PIB é usado para pagamento de juros e amortização de juros, se não estiver enganado. Seria interessante para um próximo debate colocar esta questão assustadora em pauta. Ademais, ótimo artigo.

  63. Daniel Souza disse:

    Você tem o dado da renda per capita desses países que listou na arrecadação per capita de tributos? Na minha opinião eles estão atrelados…

    • André Levy disse:

      Daniel, se vc divide arrecadação per capita por renda per capita, vc simplesmente tem a arrecadação total como % do PIB. A questão é que policial e professor recebe em reais não em pontos de PIB; são custo fixo, não variável.

      • Geraldo Araujo disse:

        Teu argumento se perde completamente….

        De início, arrecadação/PIB top 35,7% em 2013 (1% acima do dado aqui exposto – n sei qual a database do heritage mas com certeza anterior à 2013), ou seja em alta, contrariando tendência do resto do mundo ex-Europa, e único pais da AL acima de qualquer OCDE.

        Procure por favor se informar quanto ao custeio da maquina pública – verá que cerca de 8% do PIB são consumidos com despesas operacionais (sendo metade disto salários) – ou seja cerca de 22% do orçamento total, e que somados com juros e previdência, quase não deixa espaço para investimentos (não atoa a acertada agenda de concessões públicas no segmento infraestrutura).

        O fato é que, além de escasso, se retira muito pouco do real investido, seja ele privado ou público. Se contrário fosse, com a mesma quantidade de impostos que pagamos hoje teríamos condição de produzir muito mais – note que TODOS os países com maior tributação/pib possuem renda e IDH melhores que o Brasil…

        Agora por favor, tributos per capita em um país populoso e desigual, aonde boa parte da população se encontra na faixa de isenção de IR – recebendo ao invés de contribuir (sem julgamento de valor) ? Ou você sustenta teu argumento e afirma que a China, Irã, etc. também possui estado enxuto ? – Conforme o Gráfico 2.

      • JOÃO BATISTA disse:

        Meu amigo, na boa, segundo qualquer livro de economia ou contabilidade, a mão-de-obra sempre foi e é custo variável. Você está misturando alhos com bugalhos. Sinto muito, você está completamente perdido neste assunto.

        • Denis disse:

          Nem sempre mão de obra é custo variável, embora livros de graduação assim o digam. No contexto do texto (ops), de longo prazo, é um custo fixo sim.

          • Flavio J. disse:

            Se é setor administrativo, como um RH por exemplo pode ser considerado despesa fixa. Se for um trabalhador operário da frente de produção pode ser alocado como custo variável.

  64. Ricardo disse:

    Seu texto é um sofisma sofisticado.

  65. Matheus disse:

    É triste saber que 1/3 da arrecadação vai para INSS e previdência, com todos seus rombos e distorções. Além do investimento em educação estar desbalanceado, como mostrou o estudo do INEP, o governo ainda subsidia setores como de automóveis através de isenção tributaria e grandes empresas através do BNDES. Legislativo e Judiciário também criam um beneficio atrás do outro, e quem paga a conta somos todos nós… Ou seja, independente do Estado ser grande ou pequeno, o dinheiro é muito mal gasto, e ele poderia ser bem melhor, com o mesmo tamanho.

    • Leandro disse:

      Não olhei com calma os apontamentos do INEP, mas se só for referente aos tributos e gastos federais, é mais do que normal, uma vez que na distribuição do ensino público o ensino superior e responsabilidade da união, o ensino médio é dos estados e o fundamental é dos municípios.

    • MARIO GONÇALVES DA SILVA disse:

      Matheus,

      Mais triste é saber que 1/4 vai para o bolso dos sonegadores. Sim, por que, se o Estado arrecada R$ 2 trilhões e os sonegadores embolsam R$ 500 bilhões, 1/4 está sendo embolsado por eles. Alguém pode me dizer como eu descubro quem são os sonegadores? E mais: se há impostos sonegados, há uma base de cálculo. O PIB inclui a base de cálculo dos impostos sonegados? E, ainda, os impostos sonegados inclui a inadimplência de impostos?

  66. Martin Kirsten disse:

    Belo texto!

  67. […] uma palhinha do artigo. Leiam o texto completo do Levy, vale a pena: Não, o Estado brasileiro NÃO é grande. Fonte: Brasil […]

  68. Rafael disse:

    Concordo com o Mateus lá de cima, tbm ñ entendi aquela frase.
    Outra que não entendi:
    “Primeiro, quanto maior for a arrecadação fiscal, maior o retorno. Ou seja, um país que tributa 80% do seu PIB e tem IDH igual a 0,1, tem melhor “retorno” que um que tributa 10% e tem IDH de 0,2. Não faz o menor sentido.” Pq ñ faz sentido?

    Mas, tirando estes detalhes excelente texto, muito assustador, ops!, esclarecedor.

    • André Levy disse:

      No exemplo, o IRBES diz que um governo que tributa mais e (presumidamente) gera menor IDH, dá maior retorno do que um que tributa menos e gera maior IDH.

  69. Há algum tempo me perguntei sobre a carga tributária brasileira e foi a esse resultado que cheguei:

    http://arnaldodecastro.blogspot.com.br/2014/11/para-onde-vai-o-nosso-imposto.html?m=1

    • André Levy disse:

      “De acordo com esta tabela, percebemos que quase metade da nossa arrecadação sustenta um sistema de dívida que não reduz, ao contrário, só cresce.”

      Basta uma conta simples para ver que isso é falso, Arnaldo. Tanto a dívida pública líquida qto o orçamento público giram em torno de 35% do PIB. Como vc indicou, a dívida só tem crescido. Ou seja, não há amortização, e todo desembolso é juros. Se metade do orçamento fosse juros, a taxa de juros teria que ser de 50%. Claro que não é. A resposta é que 2/3 do que aparece nos gráficos veiculados pela Auditoria Cidadã é rolagem da dívida.

  70. Carlos Valentim Selegatto disse:

    Excelente trabalho. As tabelas permitem comparações com nações consideradas mais desenvolvidas que o Brasil. O trabalho deve ser mais divulgado e, principalmente, discutido em bancos escolares de universidades.

    • celso disse:

      convenientemente, não foram incluídas muitas nações semelhantes ao Brazil…
      qual seria o motivo???

      • Bruno disse:

        Engraçado, Chile, Rússia, Turquia, Argentina, México, Indonésia e até algumas economias do leste europeu como Hungria e Polônia aparentemente não são suficientemente semelhantes ao Brasil. Com que país exatamente você quer comparar.

        Existem pontos negativos demonstrados, como a questão da educação, do tipo de retorno que temos no Brasil.

        Tente ler com alguma imparcialidade antes de fazer comentários irônicos desmerecendo o trabalho do autor.

        PS: Ah, e Brasil é com S.

      • Diógenes Sá disse:

        Celso. Não basta ler. É preciso estudar. Não existe economia semelhante a do Brasil. Mesmo que existisse um país com as dimensões do Brasil, um mercado consumidor de mesmo tamanho e uma população igual ainda assim as economias seriam diferentes porque a legislação não seria igual e as necessidades e desejos dos consumidores seriam diferentes. Além disso, o sistema de produção teriam de ser iguais, assim como, a infraestrutura e a educação dos profissionais. Pode-se tomar economias diferentes como referências, mas não é possível compará-las. Falar é fácil difícil é pensar com algum conteúdo, especialmente quando se trata de assunto científico, que necessariamente exige matemática. Isto porque o brasileiro não ler e de matemática ele só sabe dizer que detesta. Boa sorte em seus estudos.

  71. Mateus Maciel disse:

    Gostei bastante do artigo. Contudo, não consigo compreender a seguinte afirmação: “Falar de carga tributária como percentual de PIB é como colocar o aluguel da padaria no custo do pãozinho.”.

    • André Levy disse:

      A analogia da frase deriva da anterior, Mateus: “serviço público não é custo variável”. Ou seja, é custo fixo, como o aluguel da padaria. Quando se faz análise de custos, não se confunde custos fixos com custos variáveis, pois um refere-se à margem de lucro, e o outro ao custo da capacidade de produção.

      • Caio disse:

        Mas na verdade isso acaba jogando contra sua tese de que o Estado brasileiro não é grande, né. Tanto que quando você fala em números absolutos, você acaba limitando a comparação aos 20 mais ricos. Tenho pouca dúvida de que se expandíssemos a comparação, o Brasil subiria no ranking…

        Por mais que se tenha alguma característica de custo fixo nesse setor, o gasto certamente deve ser proporcional à população. E como população é fortemente correlacionado ao PIB, olhar gasto/PIB faz mais sentido do que olhar pro valor absoluto dos gastos…

        • evalnir disse:

          Bem isso Caio. Além de não levar em consideração uma dezena de outras questões.

          O conceito de custo fixo não significa que este custo é invariável mas só que obrigatoriamente deve estar no orçamento pois faz parte da folha de pagamento de funcionários, manutenção dos prédios públicos, etc.. Neste sentido é fixo enquanto não se contrata mais funcionários ou cria novas instituições e cargos ( ministérios incluso)

          A grande rasão de se afirmar que o ‘Estado é gigante” está nos cargos políticos comissionados que servem só para contemplar financeiramente aliados e não geram retorno efetivo ao país.

          • Vicente disse:

            Quantos são afinal os cargos comissionados em toda a administração pública? Qual a relação entre a massa salarial paga a esses funcionários e o total de gastos com salários no serviço público ? (Não vale contar quem já é funcionário, no máximo a porção dos vencimentos que são acrescidos pela ocupação do tal cargo)
            Se todos os cargos forem eliminados, quanto de fato vai ser economizado?
            A burocracia vai ser menor? ( Menos processos e procedimentos e os que sobrarem ficarão mais rápidos ?)
            Sempre ouço e leio estas afirmações, mas número que é bom…

          • Flavio J. disse:

            Mas claro que o aluguel da padaria entra no preço final do paozinho. Um bom ponto ajuda a vender mais pão mas sai mais caro. Com certeza o pão ali sairá mais caro, mesmo não sendo custo variável. É despesa de qualquer jeito sim. Só muda o termo.
            Outra, só 10% da população é funcionária pública preocupa mais ainda então. Esses 10% tem tantos direitos, estabilidade no emprego, aposentadoria integral (veja o quanto INSS onera o estado), etc que acabam minando qualquer produtividade do estado. Antes tivesse 20% empregados ganhando metade. Ao menos haveria mais inclusão social e distribuição de renda, com provavel maior produtivididade.
            Incomparável com países de primeiro mundo e desenvolvidos os percentuais de impostos sobre o PIB. Para o Brasil poder galgar posições, competir com elas, precisa ter impostos comparáveis a nações EMERGENTES. E dessas, você mesmo listou algumas, ele perde nesse quesito importantíssimo.
            Suficiente não ?

          • Erick Machado disse:

            Perguntaria, à moda Ciro Gomes: Dá bilhão?

Comentários para Mateus Maciel