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Brasil e México: comparação entre dois modelos — | Brasil Debate |
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Concentração de renda

Brasil e México: comparação entre dois modelos


14/10/2014

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Frequentemente, economistas de vertente neoliberal utilizam o México como exemplo de integração internacional ou modelo de crescimento. No entanto, quais as diferenças entre o modelo adotado pelo México e pelo Brasil em termos de distribuição de renda e bem-estar para a população?

O Brasil Debate mostra que, enquanto o México concentra renda e os trabalhadores perdem participação no PIB, no Brasil a renda é distribuída, como já discutimos AQUI e AQUI.

Estudo publicado pela CEPAL analisa a participação dos salários no PIB a preços correntes em 15 países da América Latina de 1950 a 2010, uma forma de medir a distribuição da renda no país.

Em geral, na América Latina, entre os anos de 1950 a 1970, são registrados os maiores percentuais de participação dos salários sobre o PIB regional, com um valor mínimo nos anos 1980, outro aumento em nível menor nos anos 1990 e uma nova queda até 2005 (o que coincide com o auge do neoliberalismo na região), para constatar novamente uma tendência crescente.

A partir da segunda metade dos anos 2000, há tendência crescente da participação dos salários no PIB da América Latina como um todo, com maior contribuição a esse fenômeno sendo da Argentina e do Brasil. Na média se destaca o Chile, enquanto Colômbia, México, Panamá e Peru tendem a diminuí-la.

Salários menores: ditadura e anos 90

Para o Brasil, o estudo mostra que as mais altas participações dos salários sobre o PIB ocorrem na virada dos anos 1950-60, época marcada por maior poder reivindicativo dos trabalhadores, que termina com o golpe de 1964.

O Brasil (e Argentina) apresenta expressivo refluxo da participação dos salários em dois intervalos de tempo: durante a ditadura civil-militar e com o neoliberalismo sob os governos do PSDB, na década de 1990 e início dos anos 2000. A partir de meados da década de 2000, a participação salarial tendeu a crescer no Brasil.

O México, por outro lado, envolvido em acordos de livre comércio com EUA e Canadá e sob influência neoliberal desde os anos 1980, demonstra números continuamente decrescentes para os salários em relação ao PIB.

As brutais diferenças de índices entre Brasil, Argentina e México estão sintetizadas no gráfico abaixo: percebe-se que enquanto no Brasil e na Argentina dos anos 2000 há aumento da participação salarial no PIB, essa participação no México é declinante, com a adoção de medidas neoliberais exacerbando tendências de geração de desigualdade, com grande impacto no bem-estar da população e provocando migração massiva.

grafico participação salarial arg mex brasil

Estratégias de inserção internacional no sentido das praticadas pelos México são defesas abertas do programa de governo do candidato Aécio Neves (PSDB), o que consideramos que pode nos levar a imitar o modelo mexicano de aumento da desigualdade e piora dos índices sociais: na página 158 do programa de governo do candidato há uma aberta defesa da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA), iniciativa fortemente rejeitada pela população brasileira.

A participação do Brasil na ALCA poderia ter significado a inserção externa do Brasil nos moldes do México e sua adoção poderia levar a um aumento da emigração de brasileiros, tal como no México, revertendo tendências atuais, como discutido AQUI . Cabe à população brasileira, novamente, rejeitar a proposta de retrocesso.

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4 respostas to “Brasil e México: comparação entre dois modelos”

  1. Marcelo Zero Marcelo Zero disse:

    O modelo que o Aécio pretende implantar no Brasil é o do México, que aumenta pobreza e desigualdades.

Comentários